Em pronunciamento na terça-feira, 18, em Plenário, a senadora Katia Abreu (PDT-TO) manifestou solidariedade à jornalista da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Mello que vem sendo alvo de ofensas após depoimento de Hans River, ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp, na CPI Mista (CPMI) das Fake News, na semana passada.
Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro fez insinuações de cunho sexual sobre a atuação da jornalista ao comentar o caso com a imprensa. Katia Abreu ressaltou na tribuna que não conhece a jornalista, “a não ser pela fama de profissional engajada e investigativa, mas que, mesmo que ela não fosse competente, mesmo que ela não fizesse um bom trabalho como jornalista, ela não merecia passar pelo que está passando”.
A senadora também destacou que as mulheres são maioria na população e que não se pode “rir e aplaudir determinadas atitudes por uma questão de brio e solidariedade”.
“O que é que estão ganhando com isso? Ela está no exercício da sua profissão! Ela escolheu ser jornalista, ela escolheu investigar as suas matérias, como tantas outras. Agora, homem, quando alguém fica com raiva de homem, de jornalista, ninguém fala da moral, ninguém fala da sua vida sexual, ninguém fala das suas coisas íntimas. Por que da mulher todo mundo se vê no direito de poder ofender as suas questões pessoais, de querer humilhá-la e de desonrá-la? (…) Isso é coisa de país sub, sub, subdesenvolvido”, enfatizou.
A senadora reforçou ainda que é preciso defender as mulheres, desde as mais pobres até as mais ricas, e que todas “merecem ser tratadas com dignidade, sobretudo pelas grandes autoridades do país”.
Também m Plenário, o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) solidarizou-se com a jornalista a Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, após declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro. Vital do Rêgo classificou de graves e inaceitáveis as reiteradas declarações sexistas e machistas do presidente. Ele salientou que as atitudes do chefe do Poder Executivo revelam descompostura do ocupante do mais algo cargo da República.
“Ele ultrapassou, em muito, o limite do aceitável. Portanto, aqui eu quero, desta tribuna, não só particularmente à senhora jornalista que foi agredida, que foi provocada com insinuações machistas do presidente da República, solidarizar-me com todos aqueles que fazem a imprensa no nosso país e com própria sociedade”, declarou o senador.
Veneziano enfatizou que são gestos que servem de mau exemplo aos subordinados do primeiro escalão do governo, que nos últimos dias fizeram declarações ofensivas e desrespeitosas contra a sociedade. Ele citou os exemplos recentes dos ministros Abraham Weintraub, da Educação, e de Paulo Guedes, da Economia, aos quais, na sua opinião, falta a compostura que um cargo no Executivo exige.
“O ministro Paulo Guedes agredir uma senhora, esposa de um presidente da República, chamar os servidores de parasitas, falar de forma segregacionista em relação a auxiliares domésticos, dizer que o dólar poderia ser aceito nesses patamares porque, quando estava mais baixo, as empregadas domésticas estavam viajando muito para o exterior: onde já se viu esse tipo de comportamento? Como poderemos aceitar esse tipo de coisas?”, disse o senador.
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