Ao menos 34 jornalistas morreram em 2018 por represálias ao seu trabalho, segundo relatório pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). O material foi divulgado em 19 de dezembro. O número é quase duas vezes maior do que o registrado pela entidade em 2017, quando 18 comunicadores oram assassinados.
Além de assassinatos por retaliação, o CPJ contabiliza mortes durante o exercício da profissão, incluindo em combate ou fogo cruzado (11, no menor nível registrado desde 2011) e em outras situações perigosas, como protestos (oito ocorrências). Com estas ocorrências, o número sobe para 53 mortos ante 50 registrados no ano passado.
Tanto o número total quanto o de assassinatos de comunicadores por represália representam os maiores índices desde 2015, quando 73 jornalistas morreram, 51 deles assassinados em decorrência do exercício da profissão.
A organização contabiliza em seu relatório os dois casos brasileiros investigados pela Abraji no âmbito do Programa Tim Lopes. Em janeiro, o radialista Jefferson Pureza foi assassinado em Edealina (GO). Meses depois, em junho, o também radialista Jairo de Sousa foi morto, na cidade de Bragança (PA). Em ambos os casos as investigações apontam para vereadores locais como mandantes dos crimes.
O CPJ compila dados detalhados de mortes de jornalistas desde 1992 e inclui em seu relatório os casos em que conseguiu comprovar relação com a atividade profissional. A entidade ainda investiga 23 mortes ocorridas em 2018 e cuja motivação ainda não foi definida; entre elas, o assassinato do jornalista de Cacoal (RO) Ueliton Brizon, ocorrido em janeiro. O levantamento de 2018 foi feito entre 1º de janeiro e 14 de dezembro.
No início desta semana, o relatório de outra organização dedicada à liberdade de imprensa também apontou aumento no número de mortes de jornalistas em relação a 2017. Segundo a Press Emblem Campaign (PEC), houve 113 mortes em 2018, 14% a mais que no ano anterior. A diferença de contagem entre diferentes organizações se deve à diferença de metodologias de coletas de dados. A PEC considera em seu levantamento todos os trabalhadores de mídia (inclusive motoristas de equipes), por exemplo.
O Afeganistão foi o país mais letal para jornalistas em 2018. Segundo o levantamento do CPJ 13 profissionais morreram, sendo dez deles assassinados. A Síria, com nove mortos (três assassinatos) e a Índia, com cinco casos (quatro assassinatos), vêm na sequência. Na América Latina, o México aparece como país mais mortífero para comunicadores, com ao menos quatro profissionais assassinados em 2018.
A organização também destaca os quatro jornalistas assassinados em 2018 nos Estados Unidos. Todos os profissionais morreram em 28 de junho, quando um atirador invadiu a redação do Capital Gazette, matando também um assistente de vendas do jornal.
A morte do jornalista e colunista Jamal Khashoggi, crítico do governo saudita que foi assassinado dentro do consulado da Arábia Saudita na Turquia em outubro, também é enfatizada no relatório.
Khashoggi e a redação do Capital Gazette foram alguns dos homenageados pela revista TIME em sua edição especial de Pessoa do Ano de 2018. Além dele, o periódico americano homenageou profissionais encarcerados por conta de seu trabalho. Segundo outro relatório do CPJ, ao menos 251 jornalistas estavam presos em 1.dez.2018.
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Por Rafael Oliveira.
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