O ensino a distância (EaD) é uma modalidade de ensino que, apesar de não tão atual, ganhou força por unir a praticidade com a possibilidade do estudante ajustar sua rotina de maneira mais otimizada com suas demais tarefas.
Seguindo a tendência dos anos anteriores, a 13ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, publicação do Instituto Semesp, identificou com a expansão da modalidade EaD (Educação a Distância) e a retração das matrículas presenciais em 2021.
Em 2020, foi registrada a queda de 9,4% das matrículas, taxa que passou 5,5% no ano analisado. Enquanto isso, o número de matrículas na modalidade EaD aumentou 19,7% no mesmo período.
A publicação apresenta estatísticas e números referentes a 2021, quando o ensino superior ainda sofria os impactos do segundo ano da pandemia de Covid-19, com o aumento do número de brasileiros infectados e de vítimas no primeiro semestre do ano.
André Barbalho, sócio-fundador da Widom – empresa que atua com cursos on-line de qualificação profissional -, destaca que o EaD no Brasil cresce de forma exponencial, democratizando o acesso à educação de qualidade.
“Um dos principais fatores que explicam o crescimento da educação a distância é a facilidade de aprendizagem”, afirma Barbalho. “A instituição de ensino deve oferecer uma didática inovadora, permitindo ao aluno estudar em seus próprios horários e rever todo o conteúdo, seja por meio de videoaulas e apostilas, quantas vezes for necessário, de forma vitalícia”, complementa.
Na visão do empresário, a proximidade entre alunos e professores no EaD é um fator essencial para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de forma efetiva.
“Os estudantes que cursam qualificação profissional a distância, por exemplo, devem ter a possibilidade de tirar suas dúvidas com os tutores diariamente, e em tempo real, pois isso contribui de forma significativa para um maior aprendizado e rápida inserção no mercado de trabalho”, explica.
A propósito, um estudo global, realizado pela edtech Anthology, revelou que cerca de 70% dos estudantes preferem receber feedback dos professores sobre tarefas por meio de uma plataforma on-line.
Além disso, mais da metade (66%) dos alunos da modalidade informaram que recebem feedback frequentemente ou sempre dessa forma. A pesquisa entrevistou 2.572 líderes universitários e 2.725 alunos, entre março e abril de 2022, em dez países, incluindo o Brasil.
Na perspectiva do sócio-fundador da Widom, o mercado de trabalho é promissor para estudantes na modalidade EaD, oferecendo diversas oportunidades. “Na modalidade de ensino a distância, os alunos podem estudar em seus próprios horários e, assim, ter mais flexibilidade para trabalhar e atender às necessidades e demandas das empresas – o que, por sua vez, pode impulsionar suas carreiras”, considera Barbalho.
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