Curitiba, PR 26/5/2020 – “Trata-se de uma terapia que foge do medicamento e aposta na nutrição em benefício da saúde cerebral”
Encontrar maneiras de melhorar a qualidade de vida daqueles que sofrem da Doença de Alzheimer, ou até mesmo a própria cura, é um desafio de muitos pesquisadores ao redor do mundo. A doença neurodegenerativa, que não tem cura e leva ao comprometimento progressivo das atividades, atinge atualmente no Brasil 1,2 milhão de pessoas, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
A boa notícia é que empresas e estudiosos brasileiros têm se dedicado a entender o que pode causar e, consequentemente, o que pode deter as alterações químicas nos neurônios que levam ao comprometimento progressivo das atividades e a uma série de sintomas neuropsiquiátricos e comportamentais. Um exemplo é o pesquisador Sergio Ferreira, que há 22 anos estuda os mecanismos que levam à perda de memória na doença de Alzheimer na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Ferreira, que é pós-doutor em Biofísica e atual professor Titular dos Institutos de Biofísica e de Bioquímica Médica da UFRJ, já conduziu diversas pesquisas sobre o tema, entre elas, uma que associa a melhora dos sintomas à ingestão de determinados nutrientes. Feita em parceria com a Prodiet Medical Nutrition, o estudo iniciou em janeiro de 2019, e até agora já demonstrou que uma fórmula nutricional especializada é capaz de proteger o cérebro contra o déficit de memória em modelos animais da doença. “Trata-se de uma terapia que foge do medicamento e aposta na nutrição em benefício da saúde cerebral”, avalia o pesquisador.
A pesquisa
Os testes foram feitos em camundongos que simulam a doença, com alterações no cérebro parecidas com aquelas que ocorrem nos humanos. Um grupo de animais recebeu durante quatro semanas uma fórmula contendo uma combinação específica de nutrientes, enquanto, o outro, recebeu uma fórmula sem esses componentes.
Após os testes de memória, Ferreira e sua equipe observaram que aqueles que receberam a fórmula foram protegidos contra a perda de memória. “As conclusões sugerem que a formulação pode ser um elemento de prevenção ou até mesmo de tratamento das fases iniciais da Doença de Alzheimer”, afirma.
A segunda etapa, que acaba de ser iniciada, tem como objetivo investigar de que maneira os nutrientes agiram no cérebro dos camundongos doentes. Para isso, o tecido cerebral dos animais foi recolhido para que sejam feitas análises histológicas (dos tecidos) e bioquímicas. “Tais resultados poderão dizer se a fórmula usada tem um efeito anti-inflamatório e/ou de prevenção do estresse oxidativo, duas ocorrências comuns nos cérebros de quem tem a doença”, explica o pesquisador.
Os testes
Para avaliar a memória dos camundongos, foi feito o teste de reconhecimento de objeto (ORT), no qual os animais foram colocados em uma caixa onde eram inicialmente expostos a dois objetos iguais, que podiam explorar livremente. Em seguida, os cientistas retiravam os camundongos e trocavam um dos objetos. Depois, colocavam os camundongos de volta na caixa. O esperado era que eles explorassem o objeto novo, pois eles têm uma preferência inata por novidade, e isso aconteceu apenas com os camundongos normais. Aqueles que tinham déficits de memória parecidos com os que acometem os pacientes de Alzheimer não conseguiam se lembrar que já conheciam um dos objetos e passavam o mesmo tempo explorando o antigo e o novo. A perda de memória dos camundongos foi medida de acordo com o tempo que eles passavam explorando o objeto antigo. Os animais que receberam a fórmula nutricional foram capazes de lembrar da mesma forma que os camundongos normais.
A Prodiet
A pesquisa que demonstrou que uma formulação nutricional especializada protege o cérebro contra o déficit de memória foi premiada pela Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral (ASPEN) – uma das principais entidades de Nutrição do mundo – nas categorias Nutrição e Metabolismo e Melhor Estudo Internacional de 2020.
De acordo com Ana Paula Celes, Diretora Técnica da Prodiet, a empresa busca continuamente parcerias que possam contribuir com a ciência e inovação, como aquelas feitas com as universidades. “De um lado, está quem detém conhecimento científico e de pesquisa, além de uma estrutura em prol do desenvolvimento da ciência. Do outro, estão empresas como a Prodiet, que entendem a relação empresa-universidade como ferramenta estratégica e investem de maneira crescente em pesquisas pré-clínicas e clínicas, e que, acima de tudo, acreditam na ciência e tecnologia como bases para uma sociedade com mais qualidade de vida”, garante.
A indústria paranaense, que tem 13 anos de história, desenvolve e comercializa fórmulas destinadas a pessoas com necessidades nutricionais específicas. Há cinco anos, tem projetos fomentados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul e Financiadora de Estudos e Projetos (BRDE-FINEP) para iniciativas voltadas à inovação, além de contar com a concessão de incentivos fiscais da Lei do Bem, voltada às pessoas jurídicas que realizam pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. Mais informações podem ser obtidas no endereço http://prodiet.com.br/.
Website: http://prodiet.com.br/
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