Foi difícil não se incomodar com os áudios e imagens do WhastApp que não abriam. Assim como foi angustiante não visualizar imagens e vídeos no Instagram e no Facebook. As falhas apresentadas recentemente pelas maiores redes sociais do mundo, instantaneamente, geraram um frison entre usuários dos mais diversos níveis.
Dos grandes influenciadores com milhões de seguidores, aos mais simples e comuns: todos mantiveram por horas a mesma sensação de impotência. E, mais, com a situação evidenciamos a nossa dependência em relação a Mark Zuckerberg- dono das três plataformas. Podemos afirmar que as redes sociais já pertencem ao mundo, mas Zuckerberg ainda as controla.
Apartados dos áudios do WhatsApp, das lives do Facebook e dos stories do Instagram, as redes sociais se resumiam a textos inquietos e atualizações de páginas realizadas em curtíssimo intervalo de tempo, com a esperança de que a situação já estivesse normalizada. Veículos de comunicação publicaram matérias falando sobre o ocorrido, tentando informar e até, quem sabe, confortar usuários e a si próprios.
Como se não houvesse nada de melhor ou mais importante a fazer. E talvez realmente não houvesse, dada a inquietude expressa no mundo inteiro. Sem qualquer espécie de controle ou influência sobre o ocorrido, percebemos, impacientes, nossas relações virtuais enfraquecidas ao extremo.
Somados, o número de usuários das três redes ultrapassa a casa dos quatro bilhões. O bônus de fazer parte deste universo quase incomensurável contrasta com a inércia de ficar paralisado, esperando, ansiosamente, a situação se normalizar. E se, por ventura, a falha ocorrida nos testes de rotina que estavam sendo feitos fosse irreversível?
Essa é uma possibilidade extremamente remota, mas caso isso ocorresse, perceberíamos um verdadeiro caos que transcenderia o ambiente virtual, afetando relações e negócios de forma avassaladora, dado ao que foi apresentado diante da última instabilidade nas redes.
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Por Alessandra Fedeski. Jornalista com pós-graduação em marketing político.
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