O diabo mora nos detalhes: em 2015, ao noticiar rejeição a Dilma, o Estadão enfatizou: “rejeição a Dilma sobe de novo e vai a 65%, índice considerado pré-impeachment”. Com Michel Temer no trono, o mesmo veículo cravou hoje cedo: “avaliação positiva do governo Temer chega a 10%”. Nas duas ocasiões ambos ostentavam deploráveis 10% de aprovação e mais de 60% de rejeição.
Com Temer a avaliação é do governo; com Dilma, a rejeição é inteiramente dela e ponto final. É o que está explícito nas manchetes.
Registra-se que o objetivo deles naquela época sempre foi o de manter o clima favorável à destituição de Dilma. Para isso foram usadas artimanhas como essa. E outras diversas.
Agora caro leitor você compreende, que mesmo submerso em um lamaçal de escândalos, Temer, o Pequeno, ainda está no poder? Não me peça para desenhar porque não sou obrigado. O diabo mora nos detalhes.
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George Marques. Jornalista, especializado em comunicação política. Foi assessor parlamentar e, desde 2014, acompanha os bastidores dos três poderes em Brasília. É repórter da versão brasileira do site The Intercept e 2º maior influenciador de política no Twitter no país, segundo levantamento da Stilingue.
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