Crise… Ai, a crise… Confesso que acho irritantes esses debates cíclicos carregados de discursos de vitimização, mas o lado bom da coisa é que isso me levou a escrever este artigo.
O que mais me incomoda nas opiniões que tenho lido sobre períodos de crise é que virou lugar comum se colocar no papel de vítima, mesmo que de forma inconsciente, como uma estratégia de autodefesa, obviamente.
Por este motivo, te aconselho, caso você faça isso, a mudar de postura. E vou te explicar o porquê dessa mudança de atitude com o exemplo do crescimento da indústria da salsicha, a migração de jornalistas de redações para agências digitais e, de bônus, o termo “apesar da crise”.
“Apesar da crise” ou “por causa da crise”?
Outro dia estava navegando no Facebook e vi um post muito interessante sobre o uso totalmente equivocado do termo “apesar da crise” explicado por um exemplo simples (infelizmente não salvei o post na hora e não lembro quem publicou… se você souber me envia o print pra eu colocar aqui, ok?).
Era o seguinte: alguns veículos deram a notícia de que “apesar da crise”, a indústria da salsicha está crescendo. Mas, na verdade, não é “apesar da crise”. É justamente “por causa da crise”, já que os consumidores deixam de comprar carnes mais nobres para baratear seus gastos com alimentação.
Ou seja, se não fosse a crise, a indústria da salsicha, provavelmente, não estaria crescendo… E esse exemplo pode ser aplicado a vários setores da economia, assim como à empregabilidade na área de jornalismo.
Se por um lado vemos cada vez mais demissões em massa e fechamento de setores inteiros de veículos de comunicação afetados pela crise, por outro lado as agências digitais crescem cada vez mais. No artigo Como produzir conteúdo de qualidade para lojas virtuais, apresentei dados que comprovam que jornalistas em agências digitais ou lojas virtuais é uma tendência natural do mercado.
Ou seja, me arrisco a afirmar que “por causa da crise”, e não “apesar da crise”, vagas de emprego para jornalistas estão crescendo na área de agências digitais. E a consequência disso é espécie de fenômeno de migração de jornalistas de redações para agências digitais. Na minha agência mesmo, boa parte da equipe é formada por jornalistas.
Mas, para se capacitar a preencher vagas em agências digitais, o jornalista precisa evoluir e ampliar seus conhecimentos de técnicas, ferramentas e estratégias de comunicação digital. Te convido a ler meu artigo Empreendedorismo digital: o perfil do novo jornalista para saber mais sobre o tema.
Não se faz mais jornalismo como antigamente
E isso começa pela forma como se interpreta a evolução de nossa profissão. Mas infelizmente, a visão reducionista e avessa à evolução sobre o que é e o que não é jornalismo é cada vez mais frequente quando se amplia conceituações, principalmente voltadas a técnicas de jornalismo digital.
No meu ponto de vista, a evolução das estratégias de conteúdo, envolvendo técnicas de marketing, publicidade, jornalismo, RP, assessoria de imprensa e ascom não se confundem, mas sim se complementam.
Não se pode mais pensar em conceitos, técnicas ou estratégias de comunicação de forma isolada, mas sim integrada. É claro que é importante a conceituação de disciplinas, mas o isolamento, inclusive de conceitos, parece visão reducionista e desatualizada em relação à evolução da comunicação e das novas ferramentas e estratégias de conteúdo.
Não se pode mais pensar em jornalismo sem levar em consideração o cenário no qual está inserido atualmente, como parte fundamental de técnicas e estratégias de comunicação integrada. Precisamos repensar e atualizar nossos conceitos, não em detrimento de algo, mas sim a favor da transformação necessária à evolução de nossa profissão.
É possível crescer mesmo em momentos de crise!
Então, apesar da crise, ou justamente por causa dela, você pode conseguir um melhor emprego, você pode abrir uma empresa, inovar em algum produto ou serviço… não há limites para a evolução! Basta você abrir sua mente, buscar estar sempre atualizado e não limitar sua visão…
Inclusive escrevi um artigo sobre o tema para a revista Business Review Brasil, que você pode conferir aqui: Investir ou não investir em marketing durante a crise econômica?.
Na minha visão, você só é uma vítima se não se preparar para as oportunidades, ou até mesmo, criá-las! Então me diga: concorda ou acha que estou sendo otimista demais? Aguardo seu comentário!
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