As 116 agências dos Correios no Rio de Janeiro começam a vender chips de celular pré-pagos. A venda está disponível apenas nas regiões do estado que utilizam o código de discagem direta à distância DDD 21. O Correios Celular já foi implantado este ano em São Paulo e no Distrito Federal.
A autorização para que os Correios ofereçam o serviço de telefonia móvel virtual, chamado Mobile Virtual Network Operator (MVNO, ou operadora móvel com rede virtual, em tradução livre), foi dada em maio de 2014. O edital para selecionar a operadora parceira foi lançado em janeiro do ano passado, sendo escolhida a empresa EUTV, para a infraestrutura de suporte às telecomunicações.
Segundo o presidente dos Correios, Guilherme Campos, o serviço vai renovar a empresa e colocá-la no mundo digital. “Estamos precisando de retorno neste momento de transformação. O processo levou sete anos para ser implementado, e já estamos com todas as metas ultrapassadas. A previsão era vender 8 mil chips e já chegamos a 15 mil. É um processo planejado e programado para não falhar. Até o até o final do ano estará em todo o Brasil”.
Na próxima semana, o serviço será lançado em Belo Horizonte. Segundo o presidente da EUTV, Yon Moreira, o serviço tem tido índice de reclamação muito abaixo do de mercado. “A receita média por SIM Card no Brasil é R$ 15, mas cada brasileiro tem dois, então a média por pessoa é R$ 30. O nosso dura o mês inteiro e não bloqueia a internet, WhatsApp grátis não é só para falar com a família, é para trabalhar. O celular é o escritório do profissional liberal. Do pintor, do carroceiro, do taxista. É uma questão de sobrevivência do sujeito.”
Moreira disse que o principal meio de divulgação do serviço serão as próprias agências dos Correios, por onde circulam anualmente 100 milhões de pessoas, informou.
O presidente dos Correios disse que o projeto do Correios Celular, a princípio, não será significativo para a empresa do ponto de vista financeiro. “Contabilizar 15 mil chips a R$ 30 é quase nada para empresa que fatura R$ 20 bilhões. Mas é sinalizador do que temos que fazer para nos adequar a nova realidade. Você está sendo inserido no mundo digital, onde os correios estavam ficando para trás, isso dá rejuvenescida na máquina, dá tom da inovação necessária para você mostrar o caminho para a empresa”, afirmou.
Segundo Campos, os dados de 2016 ainda não foram fechados, mas a empresa teve prejuízo em 2015, de R$ 2,1 bilhões. “A direção tem feito diversas ações para se recuperar. A meta para 2017 é fechar no azul”.
“Houve um travamento de orçamento no ano passado, que gerou não gasto da ordem de R$ 1 bilhão. Fizemos o corte de funções, que são valores acrescidos nos salários, o Plano de Demissão Incentivada (PDI) foi reaberto e temos 7 mil inscritos. Há 15 dias, lançamos plano de estruturação da empresa, mudando a estrutura, diminuindo níveis hierárquicos e focando no cliente e na operação”, disse o presidente dos Correios.
Campos afirmou que a queda nos serviços postais criou déficit na empresa, que tem buscado soluções como a entrega de encomendas. “Não vai ter apenas uma alternativa que consiga a solução para a queda da atividade no mundo postal. O monopólio era muito grande e presente no Brasil até o século passado. Há quanto tempo você não manda carta para alguém? O mercado postal é monopólio, exclusividade dos Correios, mas o e-comerce é muito maior, só que é concorrencial, você tem que oferecer serviço competitivo, eficiente, adequado a esta nova realidade”.
De acordo com Campos, o Postal Saúde, plano de saúde dos funcionários dos Correios, está em negociação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo ele, em 2015, o prejuízo com o plano foi de R$ 1,6 bilhão e, em 2016, chegou a R$ 1,8 bilhão. “Na época em que foi negociado e aplicado, o plano se pagava, a turma era mais jovem, tinha monopólio e rentabilidade que permitia pagar. O plano abrange filhos, cônjuges e pais, com 97% de participação da empresa e 7% do funcionário. A proposta formal que a empresa fez ao TST é de a empresa se responsabilizar por 100% do custo do trabalhador ativo e aposentado, e cada um arcar com os ascendentes e descendentes”.
De acordo com o presidente dos Correios, o plano de redução de custos tem sido insuficiente, mas ainda é cedo para falar em privatização, que “seria o último estágio, quando nada mais der certo”. “A privatização é muito mais que questão do presidente dos Correios, do ministro de Comunicações ou do presidente da República. É questão de Estado”, afirmou.
Os Correios foram criados há 354 anos para o exercício da comunicação com a tecnologia disponível na época, que era a carta, o meio impresso. “Com as comunicações digitais e o novo mundo que se abriu, perdeu-se essa responsabilidade da comunicação, mas você tem como ativo presença nacional que ninguém tem, é grande diferencial, é a única empresa do Brasil presente em todos os 5.570 municípios, é grande diferencial na área de encomendas”, disse o presidente da empresa.
*Edição: Maria Claudia
*Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
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