“As frases de efeito e as fotos de agenda são cada vez menos capazes de captar a atenção do eleitor”. Portal Comunique-se publica artigo da jornalista Alessandra Fedeski. Ela se propõe a falar de eleições e comunicação
A cada nova eleição, a complexidade em acertar o tom das campanhas legislativas aumenta. Além de questões já comuns nos pleitos como o grande número de concorrentes e os recursos financeiros reduzidos, os candidatos deparam-se com desafios que envolvem a disputa pela atenção na internet — especialmente nas redes sociais — e o alinhamento dos seus projetos com as demandas dos eleitores naquele momento das eleições.
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Interessados em solucionar problemas de saúde, educação e segurança preenchem as redes sociais de forma tão comum que os temas se banalizaram durante as eleições. A enxurrada de conteúdos com promessas que, sabidamente serão difíceis de saírem do plano das utopias; as frases de efeito e as fotos de agenda são cada vez menos capazes de captar a atenção do eleitor. É preciso gerar um envolvimento com o conteúdo que transcenda o engajamento do protesto, que é quando o usuário traça comentários relacionados à corrupção, falta de vagas nos hospitais, etc.
Neste sentido, a originalidade para a s próximas eleições é um desafio permanente para se destacar em meio a tantas postagens de conteúdo semelhante. Uma alternativa é contar histórias, de forma simples e direta, que estimulem a emoção, que gerem identificação com o conteúdo transmitido, para marcar de forma positiva determinada proposta ou ação já realizada, e não apenas ser mais um a prometer melhorias na educação, por exemplo.
Em nível semelhante de importância, o acerto da narrativa envolve a captação dos sentimentos das pessoas de uma determinada região eleitoral, seja com pesquisa de campo, seja com pesquisa online, seja, até mesmo, com o diálogo individual. Isso porque o aumento da polarização política tende a dificultar o entendimento de algumas dessas demandas, pois determinados indivíduos silenciam suas opiniões sobre assuntos polêmicos com o intuito de não gerar atrito social.
Por essas razões, a pré-campanha é fundamental para o eleitor conhecer o candidato e para o candidato conhecer seu possível eleitor.
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Por Alessandra Fedeski. Jornalista com especialização em marketing político.