Tem dia que o lead não sai. A fonte me trai. O texto não vai.
Tem dia que a pauta emperra. O chefe só berra. O prazo me ferra.
Tem dia que assessor é um mala. Entrevistado não fala. Que o papo não embala.
Tem dia que plantão não tem fim. O humor é ruim. O almoço, chinfrim.
Tem dia que redação é um hospício. Pescoção, um suplício. Que o café é meu vício.
Tem dia que apurar é um apuro. Que eu me sinto inseguro. Que eu levo um furo.
Tem dia que fechamento é um drama. Que a gente reclama. A gastrite me chama.
Mas tem dia da grande matéria. Que a vida é pilhéria. Que esqueço a miséria.
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Duda Rangel. Autor do livro 101 profissões fora do comum para pessoas nada normais (à venda aqui).
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