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Os impactos do coronavírus para o franchising brasileiro

A atual pandemia de Covid-19, popularmente conhecido como novo coronavírus, deve causar um grande impacto no franchising brasileiro. Diante das inúmeras mortes e ações sanitárias adotadas por governantes, a economia global vem enfrentando uma forte crise e certamente irá encarar um cenário de recessão aguda em 2020. Apesar de sua estabilidade, o setor de franchising não está imune a tais adversidades.

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Campinas SP 7/4/2020 – O franchising deve conseguir manter os indicadores apresentados em 2019

A atual pandemia de Covid-19, popularmente conhecido como novo coronavírus, deve causar um grande impacto no franchising brasileiro. Diante das inúmeras mortes e ações sanitárias adotadas por governantes, a economia global vem enfrentando uma forte crise e certamente irá encarar um cenário de recessão aguda em 2020. Apesar de sua estabilidade, o setor de franchising não está imune a tais adversidades.

Os primeiros impactos já podem ser sentidos com o decreto de quarentena em diversos estados brasileiros, o que impede a maior parte das mais de 160 mil unidades franqueadas de operarem normalmente. Além disso, mesmo aquelas que ainda podem operar têm se queixado da redução da demanda de clientes.

Nas últimas duas décadas, o setor de franquias vem crescendo continuamente no Brasil, em média 8% ao ano, e seu faturamento representou 2,5% do PIB nacional em 2019. Nem mesmo a crise econômica que atingiu o país após 2014 foi capaz de desacelerar o crescimento do franchising, mas as coisas devem mudar com a pandemia de coronavírus.

Para Danilo Pace, sócio proprietário da consultoria Inova Franquias, o setor deve passar por um curto período de turbulência antes de retomar seu crescimento: “É natural que diante de tantas incertezas a crise também afete o franchising, seja pelo impacto mais direto das restrições de comércio e prestação de serviços ou, ainda, pela pausa momentânea na expansão das redes que terão maior dificuldade em prospectar novos investidores nos próximos meses”.

Um termômetro do momento vivido pelo setor é o adiamento da ABF Franchisig Expo 2020, maior feira de franquias do país, realizada anualmente pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) em São Paulo e que ocorrerá somente no final de setembro.

 

Crise não deve ser tão aguda no franchising

Apesar de tudo isso, o franchising deve ser bem menos atingido do que outros setores do mercado. Leonardo Lara, diretor comercial da agência Identy, especializada em marketing para franquias, explica que a estrutura de negócio é um fator determinante para que se possa enfrentar períodos turbulentos: “Uma crise como essa que está se iniciando tem um impacto muito grande, no curto prazo, para os micro e pequeno empresários, que no geral não têm caixa ou preparo para lidar com uma situação tão complexa. Porém, no caso das franquias, ao menos aquelas com o mínimo de estrutura, existe uma rede que encara a situação unida e de forma profissional”.

De fato, a segurança proporcionada pelas franquias é um dos grandes diferenciais em momentos como esse. Segundo dados do SEBRAE, uma em cada três empresas fecha as portas com menos de dois anos de funcionamento, ao passo que no franchising esse número é de uma em cada cinquenta.

Por trás disso está o suporte prestado pelo franqueador, a validação da operação, a capacidade de negociação com fornecedores e o conhecimento estratégico para encarar momentos de instabilidade no mercado, como ocorre atualmente.

 

A aposta no marketing em rede durante a crise

Lara também ressalta a importância das estratégias de marketing em rede para superar as adversidades e minimizar os danos. “Alguns de nossos clientes se organizaram em menos de uma semana para oferecer seus produtos e serviços em outros meios, especialmente os digitais. Essa agilidade na tomada de ação só foi possível graças à estrutura da rede, que não existiria em um negócio atuando fora do sistema de franquias”.

Além disso, o especialista em franquias cita as boas práticas adotadas pelas marcas, que disponibilizaram serviços gratuitos durante o período de quarentena e mobilizaram seus franqueados para que contribuíssem com ações sociais ligadas à saúde pública.

“Ninguém sairá imaculado dessa crise, mas é possível adotar estratégias para minimizar os danos e manter sua clientela. Embora ninguém pudesse prever uma pandemia como a que vivemos, as redes de franquia com boa gestão sempre estão preparadas para eventuais crises e ameaças a seus mercados de atuação”, completa Lara.

 

Número de unidades e postos de trabalho deve crescer no médio prazo

Embora, no curto prazo, deva ocorrer uma estagnação no número de franquias no Brasil, é possível que sua expansão se acelere a partir do segundo semestre de 2020. Por isso, apesar da retração da economia, Danilo Pace acredita que o franchising deve conseguir manter os indicadores apresentados em 2019: “No Brasil, quatro em cada dez empreendedores decidem iniciar um negócio por necessidade. Infelizmente, a crise do coronavírus deve aumentar o número de desempregados no país. Então, muitos encontrarão no franchising uma alternativa para retomar a vida profissional investindo em um negócio próprio com segurança”.

Nos últimos anos, popularizaram-se os modelos de microfranquias, que possuem investimento mais baixo e, em muitos casos, sequer necessitam de uma estrutura física. Pace acredita que elas serão a grande aposta dos novos empreendedores após a contenção do vírus.

Vale destacar que o franchising emprega atualmente mais de 1,3 milhão de trabalhadores e a perspectiva é de ampliar este número no médio prazo. “Com a abertura de novas unidades no segundo semestre e início de 2021, é natural que novos postos de trabalho também sejam criados, ajudando a economia do país a girar e se recuperar”, finaliza o empresário.

Website: https://www.inovafranquias.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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