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Otimismo realista: psiquiatra destaca sua importância em tempos de crise

São Paulo – SP 13/1/2021 – Um recurso bastante útil durante a crise é manter um estado de otimismo realista até que a situação melhore.

Conta-se que durante a Segunda Guerra Mundial um fato intrigava as tropas dos Estados Unidos: seus soldados aprisionados em campos de concentração morriam em número bem maior que outros soldados de países aliados. Quando foram verificar o motivo, descobriu-se que os alemães com frequência humilhavam seus prisioneiros, obrigando-os, por exemplo, a gritar o famoso “Heil Hitler!”. Os patriotas americanos preferiam a morte a cometer tal heresia, e acabavam recebendo um tiro como recompensa. Já outros aliados preferiam saudar Hitler, sua mãe e todos os generais, permanecendo vivos.

O médico psiquiatra Cyro Masci afirma que hoje o mundo todo está, de certo modo, aprisionado num grande campo de concentração chamado Crise Sanitária e Econômica. “E um recurso bastante útil é manter um estado de otimismo realista até que a situação melhore”, aconselha o profissional.

Vários estudos já conseguiram identificar quais traços de personalidade e comportamento tornam uma pessoa mais otimista, com mais anticorpos às agruras e azares.

Diferenças

Em primeiro lugar, pessoas resistentes aos infortúnios acreditam que toda situação infeliz é passageira, enquanto os pessimistas explicam os acontecimentos em termos permanentes. “Otimistas pensam em termos de ‘às vezes’ ou ‘por enquanto’; e pessimistas, em termos de ‘sempre’ ou ‘nunca’.”, explica Cyro Masci. Segundo ele, uma coisa é a pessoa pensar que não vai conseguir ganhar dinheiro nunca e outra é perceber que está ganhando menos ultimamente ou ter a percepção de que estes tempos estão difíceis, mas já houve dificuldades antes.

O psiquiatra lembra que outra mudança no estilo dos otimistas é a abrangência, a especificidade do motivo da dificuldade. “Otimistas tendem a explicar a crise em termos de ‘o momento é difícil no mundo todo’ ou ‘o Brasil está numa situação delicada’. Já pessimistas costumam atribuir explicações universais para os insucessos, como ‘o mundo está perdido, a crise está por toda a parte’ ou ’Brasil não tem mais jeito, está tudo perdido’”, exemplifica Cyro Masci.

Por fim, pessimistas tendem a interiorizar os motivos de dificuldade, enquanto otimistas tendem a atribuir as causas de dificuldade a terceiros. “O otimista, ao se deparar com dificuldades, prefere pensar assim ‘como há incompetentes’. Já o pessimista, ao contrário, atribuiria a incompetência a ele e não a outra pessoa”, avalia o médico.

Numa boa maré, diz ele, o pessimista até se congratula por se sair bem em determinado fato em particular, enquanto o otimista se dá os parabéns por ser uma pessoa tão ótima, não apenas naquele fato, mas em muitos aspectos da vida.

Brasileiros

“A impressão que passa é de que os brasileiros têm uma cultura muito do estilo dos otimistas. De modo geral, já percebem claramente que a crise é causada por fatores externos a cada pessoa, que há algo mais em jogo que a competência individual. Também acreditam que ela seja provisória, como foram várias outras”, explica Masci.

“O que talvez esteja faltando é acreditar um pouquinho mais na capacidade que há em cada pessoa, independentemente de soluções externas, como governos ou empregadores. E acreditar que os melhores sonhos se tornam fatos quando construídos com a disposição para mudanças, a energia do esforço, a eficácia da solidariedade e a argamassa da esperança”, finaliza o psiquiatra.

Fonte: Cyro Masci, médico psiquiatra em São Paulo, autor dos livros “Síndrome do Pânico: Psiquiatria com abordagem integrativa” e “Biostress: Novos caminhos para o Equilíbrio e a Saúde”.

Outras informações: https://bit.ly/34mE498

Podcast: https://cyromasci.buzzsprout.com 

Website: http://masci.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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