Belo Horizonte, MG 13/11/2020 – “O acesso à tecnologia digital é algo libertador, que deveria ser direito de todos igualmente, pois auxilia na autonomia das pessoas”
Com as medidas do isolamento social, por conta da pandemia do novo coronavírus, a necessidade ao acesso à internet se tornou mais que uma conexão importante no dia a dia das pessoas, ela virou uma necessidade básica, assim como água e luz.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU, inclusive, reconheceu o acesso à internet como um direito humano, vinculado à liberdade de expressão. Essa decisão foi tomada a partir do entendimento de que a internet é uma maneira indispensável ao combate da desigualdade e do auxílio ao desenvolvimento das pessoas.
As compras on-line no Brasil cresceram 47% no 1º semestre, segundo o relatório da Ebit/Nielsen. As aulas de escolas públicas e privadas passaram a ser por videochamadas, com uma realidade diferente para cada grupo social. O acesso ao benefício financeiro oferecido pelo governo federal, o Auxílio Emergencial, contava com duas etapas digitais, feitas em um aplicativo específico. O mundo se reinventou em alguns meses e as pessoas tiveram que se adaptar à essa realidade.
No âmbito organizacional, também não foi diferente. Se antes quase tudo era feito de maneira presencial, agora, uma parcela do serviço foi digitalizada e oferecida virtualmente. Ao mesmo tempo, com todos os recursos tecnológicos e adaptações, as empresas ainda não conseguiram atravessar uma importante barreira, da inclusão digital. “Fico doida para comprar algumas coisas, mas não sei entrar e sou muito medrosa. Queria ver o produto e conversar com alguém para me ajudar”, explicou Maria Helena Ferreira, que trabalha como babá.
A inclusão digital é um tema que transita tanto nas classes menos favorecidas quanto no grupo de idosos. Até 2060, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE estima que o percentual de pessoas com mais 65 anos seja de 25,5%.
Por outro lado, algumas empresas repensaram os seus negócios exatamente com o foco nessa inclusão. “O acesso à tecnologia digital é algo libertador, que deveria ser direito de todos igualmente, pois auxilia na autonomia das pessoas”, reforçou Janu Queiroz, a COO da startup mineira NuVidio. A plataforma traz uma tecnologia próxima às das videoconferências, mas com um diferencial: para ser usada durante as vendas em sites. “Pessoas com menos familiaridade com a internet e compras on-line podem se sentir mais seguras e tranquilas conversando olho a olho com o vendedor e conhecendo melhor o produto”, explica Queiroz. “É também uma forma de aproximação e humanização desse processo todo digital. Já que estamos vivendo esse novo tempo, a NuVidio tem a ideia de resgatar, pelo menos um pouquinho, os contatos e as boas prosas”.
Compra on-line com videoatendimento e inclusão digital
E como funciona todo esse processo? Queiroz explica que o videoatendimento funciona em qualquer modelo de negócio on-line, varejo, seguros, instituições financeiras, entre outros. A pessoa entrará no site normalmente para fazer a compra on-line ou conhecer o produto e, durante o acesso, ela poderá solicitar o atendimento por videochamada.
“Tudo que preciso pela internet, o meu filho que faz pra mim. Ah, mas na hora da compra, eu não fico segura. Meus dados, o produto… E se der algo errado?”, disse Ferreira. “Se pudesse conversar com o vendedor, ver melhor o produto, acho que me deixaria mais segura”.
A inclusão digital vai muito além do que o movimento da empresa propõe. Ao mesmo tempo, já é uma forma diferente de facilitar o acesso à internet e compras on-line a pessoas menos familiarizadas com a tecnologia.
Website: https://www.nuvidio.com.br/
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