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Para a retomada das aulas presenciais, escolas terão de engajar e monitorar a comunidade

28/8/2020 –

A retomada das aulas presenciais tem sido motivo de grande discussão em diversos setores da sociedade e em todos os âmbitos da Educação Básica no Brasil, das instituições municipais às federais, da rede pública à privada. E não é para menos: de acordo com o último Censo, são 47,8 milhões de estudantes, dos quais 38,7 na rede pública e 9,1 na rede privada, totalizando pouco menos de um quarto da população brasileira.

Governos e órgãos sanitários têm se empenhado em estabelecer protocolos para a garantir a segurança durante o retorno, ao mesmo tempo que miram a evolução da pandemia no país e no mundo. Pais e alunos se ambientaram com o ensino remoto, mas a cada dia têm buscado resiliência na rotina escolar em casa e estagnado o convívio social, parte importante do aprendizado na escola.

Já as instituições de ensino têm se reinventado para não apenas oferecer o ensino remoto, mas também ter os protocolos e adequações necessárias para receber os estudantes quando houver a recomendação dos órgãos competentes. No caso das particulares, há ainda o desafio de cumprir as obrigações administrativas financeiras, com fornecedores e funcionários, entre eles, os próprios professores, ao mesmo tempo que veem a inadimplência e a evasão crescerem em ritmo exponencial.

Diante desse cenário, o consultor em gestão escolar, Christian Coelho, CEO do Grupo Rabbit, aponta que o papel da escola e sua função social presumem que ela se comunique de maneira eficiente. “Estamos num momento único, em que a segurança das pessoas precisa estar garantida. E as escolas, por mais que possam estar prontas para receber os alunos, com todos os protocolos disponíveis, precisam se comunicar, deixar claro o que estão fazendo para garantir a segurança de todos, não só pais e alunos, mas também no seu entorno”, diz.

BLINDAGEM DA ESCOLA

O consultor também reforça que as escolas não podem aguardar a liberação dos órgãos sanitários para se prepararem. Para ele, todas já devem estar prontas, e agir conforme as decisões, seja pela manutenção das aulas remotas ou retomada das presenciais. Ele elenca os 6 passos para a escola cumprir durante a pandemia:

1 – Normatização: preparação de protocolos
Além das recomendações indicadas pelos governos, é preciso olhar para outros protocolos disponíveis, feitos por entidades de classe, empresas e outras iniciativas. Cada escola tem uma realidade, e estar informado sobre outros processos pode ajudar a ter um protocolo mais eficiente e seguro.

2 – Capacitação de colaboradores e fornecedores
Não apenas funcionários e professores devem estar cientes dos cuidados, mas também do que fazer em cada momento. E mais: a escola precisa considerar como público importante a informar os fornecedores, em especial, as vans escolares, uma vez que levam e trazem estudantes de diferentes escolas.

3 – Capacitação de alunos e familiares
Muitas escolas se preocupam em informar de maneira efetiva apenas os familiares e alunos, que são os seus “clientes”. Dar atenção a outros públicos não diminui a importância de se comunicar efetivamente com os estudantes e seus responsáveis.

4 – Comunicação Eficiente
Mais do que se comunicar, as escolas precisam se comunicar de maneira eficiente. Seja por meio de folder, de envio de e-mails, WhatsApp, entre outros canais. Cada instituição de ensino deve acionar o seu público da maneira que considerar mais efetiva, com clareza e coesão.

5 – Mercado e entorno
O funcionamento da escola envolve o funcionamento de outros estabelecimentos ao seu redor. Apresentar seu protocolo a vizinhos residenciais e comerciais certamente dará a real percepção de cuidado e de segurança que estão sendo investidos para todos.

6 – Monitoramento
A retomada das aulas presenciais não é o fim da pandemia, muito pelo contrário. Todo o trabalho prévio de cuidado deve ser monitorado e verificado diariamente. Enquanto não houver vacina ou um meio de conter a pandemia, o monitoramento é chave para manter a estabilidade das aulas e garantir que o ano de 2020 não seja perdido.

Website: http://www.rabbitmkt.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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