Para Fiat Chrysler, desafio na pandemia foi cuidar de pessoas além do negócio

A Fiat Chrysler Automóveis (FCA) fez ações relevantes que asseguraram não apenas a produtividade do negócio, mas também a saúde dos seus funcionários e familiares durante a pandemia. Foi um trabalho que começou antes mesmo de o coronavírus aterrissar nas Américas.

Fernão Silveira, diretor de comunicação corporativa e sustentabilidade da FCA conta que, por ser uma empresa global e centenária, foi importante manter um olhar atento aos desdobramentos e estratégias adotadas, especialmente no primeiro trimestre, quando muito pouco se sabia sobre o coronavírus.

A própria Fiat interrompeu a produção, no mês de março, para entender o espectro da situação. E, como resultado, se desdobrou em um conjunto de ações focadas em proteger as pessoas e a própria sociedade.

Nas palavras de Fernão, adotou-se o pensamento “razão social importa mais do que CNPJ”.

Para isso, a FCA contou com a expertise em engenharia e manufatura para consertar respiradores e montar hospitais de campanha — um em Betim, onde fica a fábrica da empresa, mas também em Pernambuco e Córdoba, na Argentina. Tudo isso, sem descuidar do negócio, nos meses seguintes, e da proteção das pessoas.

Outra ação importante foi o aluguel de carros de som para conscientizar a população de Goiana, Pernambuco, além de distribuir álcool gel e máscara em praça pública.

É claro que ações desse porte condizem com o tamanho de uma empresa. Contudo, são medidas adaptáveis. Porque cada empresa possui um núcleo e gira em torno de um determinado número de pessoas. Estar ao alcance delas é um bom primeiro passo inspirador que se pode extrair das ações da FCA.

É importante, ainda, ressaltar que ações sociais devem ser feitas com base no DNA da empresa, e não para seguir uma tendência. Talvez, em tempos de pandemia, seja possível pensar, resgatar e repensar os pilares institucionais para realmente “fazer o que está falando que está fazendo”, conforme Silveira destaca.

Não basta falar. Não basta fazer por fazer, mas, sim, porque está presente na cultura da sua marca.

A conversa com Fernão Silveira está na 274ª edição do Podcast-se.

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