Zico Goes, vice presidente de conteúdo e desenvolvimento dos canais do grupo FOX (FOX, FX, FOX Life, FOX Sports, Nat Geo, Nat Geo Wild, Nat Geo Kids) deu entrevista ao canal Imprensa Mahon detalhando quais tipos de projetos os canais Nat Geo e Nat Geo Kids estão procurando: “Não procuro mais projetos de ficção. Parem de mandar projetos de ficção que eles vão direto pro triturador de papel”, avisa rindo.
Goes precisa de séries documentais para a família National Geografic, que tratem de temas como tecnologia, ciências, meio ambiente, animais e natureza. “Só que agora esses mesmo temas tem que ser produzidos e narrados para um público jovem. Atenção ‘milênios’! Preciso de narrativas ‘milênios’, personagens ‘milênios’. Os temas são os mesmos, mas o jeito de falar é outro, porque eu preciso atingir um outro público. O público ainda é de 18 a 49, mas preciso chegar aos 35”, diz.
Os canais Nat Geo procuram séries, e não especiais: “Um documentário só não serve para mim”, avisa Zico, que completa: “As séries podem ter de oito episódios para cima, com 30 minutos ou uma hora. Estamos carentes de programas de ciência e tecnologia, pode ser um game, um quiz. Precisamos menos das grandes expedições e mais de tratar de tecnologia de tecnologias, de forma divertida para ‘milênios’. Zico Goes diz que o teto do orçamento é de R$ 300 mil reais por episódio de uma hora. “Mas também não venham com aquelas coisas muito baratinhas porque a gente desconfia”, adverte.
O entrevistado aproveita para apresentar o Nat Geo Kids, novo canal do grupo, que tem a particularidade de, entre os outros canais infantis, ser o único que flerta e se vale dos valores da National Geografic: “Não é qualquer tema, qualquer história. Procuramos programas sobre ciência, tecnologia, bicho, mato. Nosso público alvo é de três a sete anos”, indica o vice-presidente. “Esse canal é um pouca mais flexível, os formatos podem ser menores. Se você não tiver uma série, mas tiver uma boa ideia, que seja produzida em pequenos formatinhos para botar no break, pode valer também, como interprogramas com perguntas e repostas para crianças, por exemplo, com uma cartelinha bem montadinha, ou então uma série de live action, um formato mais parrudo, que também estamos procurando”.
Zico conclui dizendo que se aparecer uma série de animação que eles consigam produzir rapidamente e que não seja muito cara, pode rolar: “Esse talvez seja o grande desafio dos animadores”, sugere Zico Goes.
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