A jornalista brasileira Patrícia Campos Mello é uma das vencedoras do International Press Freedom Award do Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ, sigla em inglês). Ela conquista a honraria — voltada à liberdade de imprensa — ao lado de jornalistas da Índia, da Nicarágua e da Tanzânia que, assim como ela, sofreram ameaças e agressões em decorrência de seus trabalhos.
Patrícia Campos Mello considera que as escolhas do CPJ este ano transmitem uma forte mensagem para mulheres jornalistas de todo mundo, vítimas frequentes de ataques e tentativas de intimidação. “Acredito que esse prêmio foi dado para mim para sinalizar que isso não é aceitável”, comenta a jornalista, que é colunista e repórter especial da Folha de S. Paulo.
Durante a campanha eleitoral do ano passado, Patrícia Campos Mello assinou a reportagem “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”. A matéria foi publicada na capa da Folha de S. Paulo em 18 de outubro de 2018. Após a divulgação do conteúdo, ela foi alvo de assédio direcionado, ofensas em massa e ameaças nas redes sociais. Passou a ser acompanhada por um segurança e reduziu participações em eventos. À época, a Abraji publicou uma nota sobre o caso, que foi mencionado pela revista Time no artigo sobre a escolha de jornalistas e da liberdade de imprensa como “personalidade do ano”.
Por meio do Twitter, Patricia Campos Mello dedicou o prêmio a outras jornalistas que foram alvos de ataque ao longo de suas carreiras: Constança Rezende, Míriam Leitão, Daniela Lima, Marina Dias e Juliana dal Piva. “Existe um ambiente hostil e tóxico nas redes sociais para jornalistas mulheres e é importante ressaltar que isso não é aceitável”, argumenta a premiada comunicadora. “Não sou a única, várias outras passaram e passam por isso”.
Ao longo dos 19 anos de carreira, Patricia Campos Mello já recebeu reconhecimentos por seu trabalho com foco em direitos humanos e cobertura internacional: a série de reportagens “Um mundo sem muros”, publicada pela Folha de S. Paulo em 2017, foi vencedora do Prêmio de Cobertura Humanitária do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, do Prêmio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha e do Prêmio Petrobras.
Também foram escolhidos para o prêmio Neha Dixit, da Índia; Lucía Pineda Ubau e Miguel Mora, da Nicarágua; e Maxence Melo Mubyazi, da Tanzânia. A descrição completa de todos os vencedores está disponível no site.
“Os vencedores do International Press Freedom Awards de 2019 representam o melhor do jornalismo, pessoas que colocaram suas vidas e liberdade em risco para nos dar acesso à informação. Ao mesmo tempo que celebramos sua coragem, lamentamos que isso seja necessário”, disse Joel Simon, diretor executivo do CPJ, no anúncio feito na última semana. Além de Patrícia Campos Mello, outros dois brasileiros já receberam o mesmo prêmio: Mauri König, em 2012 e Lúcio Flávio Pinto, em 2005.
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Por Natália Silva.
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