O ano é 1997. O jornalista acorda, busca os jornais à soleira da porta, senta para tomar café enquanto se informa sobre as novidades, prevendo os desdobramentos da pauta política, econômica e mundial daquele dia.
O ano é 2017. O jornalista acorda e pega o celular. Ainda da cama, abre o Twitter, que também funciona como grande broadcast de filtro de informação. Em minutos, desliza o dedo e tem o retrato atualizado do noticiário brasileiro e internacional, com direito a furos, análises e prognósticos e agenda de reuniões.
Assim como o comportamento do repórter sofreu influência do mundo digital, sobretudo das mídias sociais, a cultura dos assessores de imprensa tem se adaptado, deixando para trás o simples disparo de release e assumindo o protagonismo da assessoria de imprensa 2.0.
O novo assessor de imprensa acompanha a drástica mudança na produção e consumo de notícias, ocorrida na última década. Se por um lado as redações encolheram, aglutinaram ou sofreram o impacto do crescimento do jornalismo digital, de outro, a audiência inserida nas mídias sociais passou a produzir, compartilhar e consumir mais notícias nas redes do que nos veículos de comunicação tradicional.
Neste contexto, o tradicional mailing com contatos dos jornais, revistas, TVs e rádios precisa ser expandido para incluir os social media, não apenas dos veículos, mas também dos principais repórteres, editores e colunistas que costumam relacionar e influenciar a pauta da instituição.
Para se ter ideia da dimensão do poder das mídias, enquanto os jornais impressos de maior relevância e circulação trabalham atualmente com a tiragem média de 160 mil exemplares por dia, um post de um colunista com grande influência no Twitter alcança diretamente mais de 2 milhões de pessoas, que a seguem na rede de notícias com 140 caracteres.
No Sebrae, temos investido na estratégia de abordagem e relacionamento com a imprensa via mídias sociais. A partir do mapeamento dos perfis, passamos a interagir com os formadores de opinião que abordam os pequenos negócios e assuntos relacionados a empreendedorismo em posts do Facebook e Twitter, as principais redes adotadas para produção e consumo de notícia.
Vale utilizar os perfis da instituição para compartilhar notícias que foram “emplacadas” nos jornais, curtir posts que divulgam releases, comentar publicações que abordem temas de interesse do Sebrae ou complementar a informação do jornalista com dado exclusivo. E mais que isso, as redes são poderosas ferramentas para o relacionamento com esses influenciadores. Por meio das abordagens diretas, é possível vender pauta exclusiva ou sugerir personagem para determinada matéria que está sendo trabalhada.
Assim como nos anos 90 não era recomendado ligar para redação em horário de fechamento, o relacionamento com a imprensa via mídias sociais também deve obedecer regras de bom senso. A caça por engajamento não pode se sobrepor o bom e velho networking, que sempre será o bem mais valioso dos assessores de imprensa.
*Andréa Sekeff. Mestre em propriedade intelectual e inovação pelo INPI/UFRJ e em comunicação pela UnB.
*Larissa Meira. Jornalista pós-graduada em Gestão da Comunicação nas Organizações, com 16 anos de experiência em redação e assessoria de imprensa.
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