A fim de entender o que o fundador e diretor-geral do Vortex Media tem para falar, a reportagem do Portal Comunique-se mantém contato com Diego Escosteguy desde 7 de dezembro, um dia após as 11 das primeiras demissões do site que estreou em outubro com a promessa de produzir um “jornalismo em movimento”. O comunicador-gestor chegou a garantir, por e-mail, que tinha “respostas claras para todos os pontos”. Até o momento, contudo, ele não respondeu a nenhum dos 14 questionamentos.
Confira, abaixo, as perguntas enviadas em duas oportunidades a Diego Escosteguy, o fundador e diretor-geral do site Vortex Media:
– Além das equipes da editoria de dados e do pessoal baseado em São Paulo, houve mais dispensas?
– Ao todo, quantos profissionais foram dispensados do Vortex Media na sexta, 6 de dezembro?
– Quais as razões para essas movimentações?
– As vagas em questões serão repostas?
– Com essas mudanças de equipe, como seguirá o trabalho editorial do site? Haverá alguma alteração no escopo de cobertura? Por quê?
– De quinta, 5, para sexta, 6, o ritmo de publicações nas redes sociais do Vortex Media (Facebook e Twitter) mudou drasticamente, de mais de 20 para duas postagens. Qual a razão dessa mudança? Como se dará daqui para frente o trabalho do Vortex Media nessas mídias?
– Na semana que antecedeu a estreia oficial do Vortex Media, você afirmou que o modelo de negócios do projeto seria galgado em programa de assinaturas por parte de leitores. Esse modelo seguirá? Até o momento, o site conta com quantos assinantes?
– Pelo Twitter, em resposta ao Sérgio Spagnuolo, você afirmou que os profissionais dispensados “receberão o que lhes é devido”. Eles estavam com os salários atrasados? Há previsão de quando os valores serão devidamente quitados?
– Ainda em tom de resposta ao Spagnuolo, você garante que “houve uma divergência com os investidores estrangeiros”. Como uma divergência entre investidores culminou em demissões? Você havia informado ao Portal Comunique-se, à época de lançamento do Vortex Media, que estava diretamente “arcando com a vasta maioria dos custos iniciais”? Mudou algo nessa questão? Por quê?
– Na mesma entrevista ao Portal Comunique-se, você deu a entender que o Vortex Media estava chegando com um “plano de negócios realista e sólido”. Mesmo com as dispensas de 11 dos 30 integrantes da equipe inicial, você acredita que o plano de negócios do site é sólido. Por quais razões?
– Seguindo com pontos da entrevista concedida ao Portal Comunique-se há dois meses: foi enfatizado que os nomes dos investidores não poderiam ser revelados por “questões contratuais”. Em meio ao noticiário sobre os cortes do Vortex Media, o Jornal GGN, do Luis Nassif, afirma que o site estaria “ligado ao empresário Ricardo Andrade Magro, [e ao] o advogado Marcos Joaquim Gonçalves Alves, ex-advogado do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha”. Qual a relação do Vortex Media com essa dupla?
– “Dúvida: por que uma empresa sua é representada em Miami por Robert B. Macaulay sendo que ela opera em Brasília?”. Foi o questionamento feito a ti pela Cecília do Lago, jornalista do Estadão, por meio do Twitter. Reforço tal pergunta e adiciono: quem é Robert B. Macaulay? Qual a ligação dele com o Vortex Media? Ele realmente é o representante da empresa que você mantém aberta na Flórida? Por quê?
– No fim de semana, os jornalistas Daniel Mariani (Folha de S. Paulo) e Rodrigo Menegat (Estadão) afirmaram, pelo Twitter, que chegaram a ouvir propostas de trabalho do Vortex Media e que ouviram (os dois) a promessa de três anos sem risco de passaralho. Na época de montagem da equipe, como eram as conversas sobre contratações? Havia garantia de certa estabilidade? O que aconteceu para três anos virarem — ao menos para 11 pessoas — sete meses (contanto preparação e site no ar)?
– Conforme garantiu ao Spagnuolo, você veio ou virá a São Paulo nesta segunda-feira [9/12] ou em algum dia desta semana para conversar com ele e com os demais profissionais que, da expectativa de se tornarem sócios do Vortex Media, foram dispensados às vésperas do site completar dois meses no ar?
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