São Paulo – SP 25/5/2020 –
De acordo com uma pesquisa realizada com mais de 500 brasileiros pela Toluna Insights para Work in Estonia, aproximadamente 53% dos respondentes afirmaram já ter considerado a ideia de morar em outros países no ano seguinte. Desses, 56.42% afirmaram que o desejo cresceu diante do enfrentamento da crise do coronavírus no Brasil. Mesmo já tendo uma vida um pouco mais estruturada e consolidada, os que mais desejam deixar o país são brasileiros na faixa etária entre 35 e 54 anos (37.83%). Desde o início da pandemia, o Brasil já ultrapassou a marca de 17 mil mortos pela COVID-19 e hoje ainda considera medidas de lockdown.
No entanto, a insatisfação com a situação atual não pode ser considerada como uma motivação isolada e que justifica completamente a mudança. Em perguntas voltadas àqueles que trabalham nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia ou Matemática (STEM), existem fatores que influenciam a tomada de decisão. Segurança pública e baixa taxa de criminalidade (58.09%) está como a principal razão que impulsiona a mudança, seguida de oportunidades de trabalho em alta tecnologia (45.59%) e bom sistema de saúde (41.91%).
Nos últimos anos, a Estônia tem se tornado um dos principais destinos de muitos brasileiros que procuram por melhores condições de vida, trabalho e educação para os filhos. Segundo dados fornecidos pela embaixada do Brasil em Tallinn, no final de abril o país abrigava 332 brasileiros, marcando um crescimento de 95% nos últimos 5 anos. Além disso, 50.9% dos que migraram para o país tem entre 31 e 40 anos de idade, faixa etária similar aos brasileiros que mais desejam mudar do país, como apresentado pelos números na pesquisa.
A segurança é um valor bastante perceptível para os que residem na Estônia. Priscila Portes, brasileira e professora de inglês em uma escola pública estoniana, comentou um pouco sobre essa questão. “Viver na Estônia é muito incrível em termos de qualidade de vida. No país como um todo eu me sinto muito tranquila e segura, de verdade. É óbvio que você sempre tem que ter um certo cuidado, mas posso andar tranquilamente à noite pela rua sem me preocupar”.
Anderson de Amorim, natural de Blumenau, que trabalha como Software Developer na empresa The Coingaming Group, se surpreendeu com a qualidade da educação estoniana. “Decidi sair do Brasil buscando uma melhor qualidade de vida, segurança e educação para minha filha. Eu e minha esposa pesquisamos vários países para nos oferecer tudo isso e começamos a aplicar para vagas de emprego. Uma das primeiras em que fui aceito foi na Estônia, e não pensamos duas vezes. Achamos tudo isso e, de brinde, ainda ganhamos uma das melhores educações básicas do mundo!”.
Já para Karen V. Ordones, também brasileira e fundadora da Tutor.id, existem pontos bastante positivos nas áreas de trabalho. “Trabalhar em uma startup na Estônia é participar de uma estrutura horizontal. Além disso, tem a questão da pouca burocracia: demora uns 20 minutos preenchendo uma ficha na internet, é tudo feito online. Depois para estruturar o business, existe uma organização do governo chamada Startup Estonia que disponibiliza uma coletânea de documentos para o ecossistema de startups, o que é muito bom”.
Hoje, a iniciativa Work in Estonia colabora com milhares de empresas empregadoras, posicionando o país como o 3º com maior número de startups per capita. Bastante procurado por brasileiros, o site da iniciativa apresenta um fluxo de 25 mil usuários, sendo o Brasil o quarto país que mais originou visitas.
Website: https://www.workinestonia.com/