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Pix: transferir dinheiro nunca foi tão fácil

Uberlândia – MG 18/12/2020 –

Não se fala em outra coisa desde o último mês, quando o assunto é o pagamento de contas ou transferência de dinheiro. O novo Pix foi criado pelo Banco Central, e lançado na primeira quinzena de novembro desse ano, para ser um meio de pagamento bastante amplo.

De acordo com o Banco Central (BC), qualquer pagamento ou transferência que, até então, era realizado usando meios tradicionais como TED, DOC, Cartão ou Boleto, agora pode ser feito com o Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular e o aplicativo do banco instalado.

Segundo o BC, “o Pix foi desenvolvido para promover uma maior velocidade nos processos de pagamentos ou transferências eletrônicas. Desta forma, não somente o mercado financeiro será beneficiado, mas sim toda e qualquer transação financeira entre pessoas”.

Para o funcionamento do Pix é necessário que o cliente crie um código de recebimento, a chamada “chave”, que pode ser o número do celular, CPF, e-mail ou uma chave aleatória criada pelo sistema. Porém, cada código só pode ser registrado em uma conta bancária. Com base nisso, iniciou-se uma “corrida” das agências financeiras no sentido de incentivar os clientes a criarem suas chaves.

De acordo com o Assessor de Negócios da Unicred Aliança, Danilo Brito, o motivo para essa “corrida” é bem simples. “A instituição na qual o cliente tem cadastrada a chave Pix, é onde ele vai receber seus recursos. Além disso, as instituições financeiras tradicionais sabem que o Pix permitirá uma maior competição entre as demais entidades convencionais, como as cooperativas de crédito, Fintechs e os bancos digitais, por exemplo. Essa maior competitividade beneficiará o mercado consumidor, uma vez que toda a cadeia será impactada. Por isso, os bancos estão promovendo uma série de medidas para cadastramento das chaves Pixde seus clientes, como forma de retê-los”, afirma.

Os impactos citados pelo gestor também dizem respeito à arrecadação das instituições financeiras. Como se sabe, conforme o tipo de transferência, montante, e destino, existia a cobrança de uma taxa muito conhecida nas transações TED e DOC. Porém, com o Pix essa taxa deixa de existir, causando um baque financeiro para os bancos.

“Em um ano que se iniciou com limite para a taxa de juros, na concessão do cheque especial, e redução da taxa básica de juros (Selic) para 2% ao ano, os grandes bancos terão agora mais um impacto negativo em seus balanços. A obrigatoriedade de isenção de tarifas para pessoa física determinada pelo Banco Central do Brasil, no que se refere ao envio de recursos com finalidade de transferência e compra, bem como movimentação de recursos e transferências através do Pix, acarretará uma redução na receita de tarifas dos grandes bancos, segundo relatório emitido pela agência de classificação de risco Moody’s. Esse percentual será de pelo menos 8%”, explica Brito.

Aprovado pelo Público

De acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), nos primeiros 21 dias de operação foram registradas 53 milhões de transações no Pix, com um volume de 46 bilhões de reais. Por dia, a média de transações alcançou 5 milhões. Levando em conta que 41 milhões de pessoas físicas cadastraram chaves para operar o sistema, além de 2,7 milhões de empresas, há um espaço enorme de crescimento.

Uma pesquisa realizada pelo IBOPEdtm e divulgada pelo jornal Gazeta Brasil aponta que, nos sete primeiros dias de lançamento do Pix, 60% dos entrevistados já estavam preferindo a opção, em relação ao DOC e ao TED. Também foi analisada a intenção de uso do serviço e mais de 50% das pessoas pretendem utilizar a solução para o pagamento de contas de consumo, como telefone, água e luz.

Já uma parcela de 45% quer utilizar o Pix para pagar produtos e serviços em estabelecimentos comerciais, o que poderá ser realizado através da leitura de QR Code na maquininha ou na tela do computador do caixa.

Menos dinheiro na rua

O amplo processo de evolução tecnológica digital nos últimos 20 anos, envolvendo sites, aplicativos e o próprio setor financeiro, mudou a forma de consumo das pessoas e colocou em xeque a existência de moedas e cédulas como formas de pagamento. Desde 1995 instituições financeiras vêm utilizando intensamente a Internet em benefício próprio, e logo após, em 2007, o mundo conheceu os Smartphones. Agora, com o Pix, surge novamente a pergunta: o papel moeda vai desaparecer?

De acordo com o gerente de tecnologia da Outcenter (empresa especializada em provedores de internet), Reinaldo Lima, “os bancos foram os primeiros a investir na tecnologia dos smartphones e deram início a uma onda de aplicativos mobile desenvolvidos para potencializar o tempo do consumidor. Com o uso de apps, ficou mais prático organizar finanças”.

Para Danilo, haverá uma significativa redução no custo e manutenção do papel moeda para as instituições financeiras e para o Governo Federal, mas falar em “desaparecimento” não é tão simples assim.

“Existem três premissas básicas para a função do dinheiro, seja ele eletrônico ou não, que são: meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. Ainda não podemos afirmar se o Pix será o meio eletrônico que promoverá a extinção do papel moeda, uma vez que dependerá da função básica, que é meio de troca. O que podemos assegurar no momento é que o Pix contribuirá para redução da circulação do papel moeda”, finaliza o Assessor de Negócios.

Pix na Unicred Aliança

Pensando sempre em oferecer os serviços mais modernos para seus Cooperados, a Unicred também aderiu ao Pix. Para desfrutar do serviço, os cooperados devem baixar ou atualizar o aplicativo da Unicred pelas lojas Apple Store ou Google Play e cadastrar suas chaves.

Website: http://www.unicred.com.br/alianca

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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