A jornalista Geisy Garnes entrou na mira da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ela, no entanto, não está sendo investigada por crime algum. Repórter do portal Campo Grande News, a comunicadora foi intimada por ter realizado o seu trabalho e, assim, ter publicado uma matéria que gerou crise na corporação. Com isso, autoridades querem que ela vá contra direitos assegurados na Constituição Federal.
No mandado de intimação divulgado nesta semana pelo veículo de comunicação, a jornalista é convocada a “prestar esclarecimentos” sobre o áudio ao qual teve acesso e usou como base para reportagem que indicou discussão entre o delegado-geral da Polícia Civil de MS, Adriano Geraldo Garcia, e a delegada Daniela Kades.
No áudio em questão, Daniela afirma que “não confia na polícia” e que teria se tornado alvo da corregedoria por “insubordinação grave em serviço”. Com a crise instalada na corporação, a jornalista do Campo Grande News recebeu a intimação na última terça-feira, 30 de novembro. O documento cita crime de desobediência caso Geisy não compareça diante das autoridades. “Como se sua presença fosse obritgatória”, ironiza o veículo digital.
A intimação foi assinada pelo delegado Elton de Campos Galindo, da Seção de Investigação de Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Com a intimação, a equipe do Campo Grande News afirma que o intuito da Polícia Civil é descobrir quem foi o responsável pelo áudio que culminou na reportagem em questão. Em outras palavras, a corporação quer descobrir a fonte da jornalista — sendo que tal sigilo é assegurado no artigo 5º da Constituição Federal. “É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”, informa trecho da carta magna brasileira.
O veículo de comunicação para o qual Geisy Garnes trabalha não ficou só na defesa da manutenção do sigilo da fonte. Em nota divulgada na quinta-feira, 2, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) afirma que atitudes como a tomada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul não prejudicam apenas uma repórter.
É uma ameaça expressa à liberdade de imprensa e compromete o exercício jornalístico
“A Abraji repudia toda e qualquer medida que vise cercear esse direito constitucional de jornalistas”, afirma a entidade. “Qualquer iniciativa do poder público, em qualquer esfera, de tolher esse direito é uma ameaça expressa à liberdade de imprensa e compromete o exercício jornalístico em seu papel de fiscalizar e acompanhar os diversos atores sociais”, registra a associação que pede para a Polícia Civil de MS evitar medidas intimidatórias contra jornalistas.
Deputado federal pelo PSD de Mato Grosso do Sul, Fábio Trad se posicionou a respeito — e ficou contra a ação movida pela Polícia Civil local. Por meio de nota, o parlamentar chegou a falar em “abuso de autoridade”. “A intimação policial da jornalista Geisy Garnes denota, a princípio, violência institucional”, afirmou. “A criminalização do jornalismo não é e jamais será o caminho para a elucidação de fatos investigados”, enfatizou o político.
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