A Polícia Civil de São Paulo identificou o homem que agrediu uma equipe de reportagem da TV Globo no Brás, região central da capital paulista, no dia 2 de março. A informação foi divulgada pela TV Globo e confirmada pela Abraji. Na ocasião, a entidade condenou o ataque e cobrou que as autoridades responsabilizem o culpado.
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O suposto autor do crime, Adriano Ferreira de Queiroz, de 33 anos, foi localizado na segunda-feira (21) e levado para a delegacia no 12º Distrito Policial de São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o investigado passou por interrogatório formal para, depois, ser indiciado por lesão corporal e injúria. Caso seja condenado, Queiroz pode cumprir até seis anos de prisão.
As diligências seguem em curso, acrescentou a SSP-SP. Conforme reportou a TV Globo durante o telejornal SP1, as motivações do agressor, a não ser impedir o trabalho da imprensa, ainda não foram determinadas.
O ataque contra os repórteres Renato Biazzi e Ronaldo de Souza aconteceu na tarde de 2 de março de 2022 na gravação de uma matéria sobre a chamada Feira da Madrugada. Um homem, com um cão preso a uma corrente, interrompeu o trabalho dos jornalistas com xingamentos e os golpeou com os grilhões originalmente usados para segurar o animal.
O repórter cinematográfico Ronaldo de Souza foi ferido na mão e teve de ser submetido a uma cirurgia reparadora. De acordo com a TV Globo, ele está bem.
Ao G1, a TV Globo afirmou que repudia com veemência a violência, se solidariza com seus profissionais, e que está tomando as medidas legais cabíveis. “Advertiu também que todos aqueles que agridem com declarações o trabalho da imprensa estimulam esse tipo de ato”.
O Governo de São Paulo também considerou inadmissível que profissionais de imprensa sejam sujeitos à violência durante o exercício da liberdade de imprensa, “um dos pilares de todas as democracias modernas”.
*Texto originalmente publicado no site da Abraji.