Repórter cinematográfico da Globo, Giuliano Clay foi agredido por um policial militar enquanto fazia a cobertura de um acidente em Brasília
Giuliano Clay foi agredido nesta semana. O repórter cinematográfico da Globo estava no centro de Brasília fazendo imagens de um acidente de trânsito quando um policial o tirou do espaço aos empurrões.
O acidente aconteceu no Eixão Sul, por volta das 10h. Segundo as informações do G1, uma caminhonete da PM capotou e deixou ferido quatro policiais do Patrulhamento Tático-Móvel, que foram socorridos e levados para o Hospital de Base. Giuliano estava fazendo as imagens e, no vídeo, é possível ver quando um policial vem em sua direção e começa a empurrar. “Dá licença aqui, sai fora, sai fora daqui”, diz o PM colocando a mão na câmera e direcionando a lente para o chão. “Estou trabalhando”, disse o jornalista, que ouviu como resposta: “Vai trabalhar na casa do caralho”.
O repórter cinematográfico é empurrado até passar da faixa de isolamento. Durante a violência, ele é chamado de “urubu” diversas vezes. Em nota, a polícia militar informa que o repórter não poderia estar ali. “A área estava isolada e, por isso, o cinegrafista não poderia ter entrado porque isso infringe uma lei. Informamos que a Polícia Militar em qualquer tipo de acidente é acionada para preservar a imagem das vitimas e preservar o local, isso inclui delimitação da área de segurança e a não autorização para imagens dentro do perímetro. Porém, o policial deveria ter orientado ou tomado as outras medidas cabíveis. A forma como ele agiu foi deselegante em relação a situação. Ele não poderia ter agido daquele jeito. O caso será enviado para apuração”, explica a PM em nota.
O repórter Giuliano explicou que a fita de segurança foi colocada depois que ele já estava dentro da área do acidente e que por isso não tinha percebido que estava em local isolado, e que se retirou tão logo foi informado.