Em um ano em que o consumo das famílias do país deve cair de 4,2% para cerca de 1,4%, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta no preço dos medicamentos deve comprometer ainda mais o orçamento dos brasileiros.
O preço dos remédios tende a subir duas vezes em 2023 em 15 estados, que elevaram as alíquotas de imposto sobre o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ou os preços de referência para aplicação do imposto, conforme noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Os medicamentos ficarão mais caros por conta do aumento anual de preços, previamente autorizado a partir de 1º de abril para todo o Brasil, somado ao reajuste na tributação local, No final de 2022, 12 estados aprovaram o aumento de ICMS sobre diversos produtos, inclusive os remédios, como maneira de compensar o corte no imposto sobre combustíveis e energia elétrica, como mostra uma publicação do site Poder360.
Os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo já adotam as alterações na base de cálculo. Em março, o novo ICMS entra em vigor no Amazonas, Bahia, Pará, Paraná, Piauí, Roraima e Sergipe. Já os Estados do Acre; Alagoas; Maranhão; Rio Grande do Norte e Tocantins adotam a mudança no dia 1º de abril. As alíquotas estão em 17% ou 18% nesses locais, já as novas variam de 19% a 22%, segundo indicativos da empresa SimTax.
Em um ambiente em que a simples possibilidade de gastos com a compra de remédios com preços elevados tem preocupado os brasileiros, uma modalidade ganha destaque: o PBM (Programa de Benefício em Medicamentos). É o que afirma Marco Araujo, Sócio e Diretor da CS Saúde – cartão de benefícios voltado ao segmento da Saúde.
Ele conta que o PBM é um programa que permite a retirada gratuita de medicamentos pelo usuário que adere ao modelo. “Com a adesão ao programa, que funciona como um ‘plano de saúde’ para medicamentos, o cliente faz jus a uma quantia mensal para retirada de remédios, sem qualquer custo adicional”.
Segundo Araújo, com o pagamento de um valor de menos de R$ 20 reais já é possível retirar até R$ 150 em medicamentos, todos os meses. Para tanto, porém, é preciso seguir alguns critérios: o usuário deve ter receita em mãos e buscar um medicamento que esteja previsto no rol descritivo.
De acordo com o Diretor da CS Saúde, “para além da população que consome os medicamentos, o BPM oferece vantagens para as farmácias e para os laboratórios, que continuam vendendo, mesmo em um ambiente de instabilidade econômica, e lembra que medicamento é essencial para continuidade de tratamento e/ou fechamento de diagnósticos”.
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