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Projeto Biomas Tropicais busca um novo pacto global do alimento e sustentabilidade

São Paulo 12/5/2021 –

“Dobrar a produção de alimentos sem desmatar, transformar a Amazônia no maior celeiro global de produtos naturais, mantendo a floresta em pé, diminuir consideravelmente a aplicação de agroquímicos na produção de alimentos, reduzir a desigualdade, ampliar a geração de renda e empregos para os povos tropicais, abastecer o mundo com alimentos mais saudáveis, produzidos de forma mais sustentável e combater ao mesmo tempo o aquecimento global”, esses são alguns dos objetivos colocados pelos pesquisadores que participaram ontem do lançamento do Projeto Biomas Tropicais, que após oito anos de formatação, conseguiu reunir algumas das maiores autoridades brasileiras em ciências relacionadas à Bioeconomia Tropical.

Na mesma oportunidade foi também lançado o ‘Seminário Internacional Os Desafios da Ciência em Novo Pacto Global do Alimento’, que se realizará virtualmente entre os dias 15 e 16 de junho.  Durante o lançamento, os cientistas apresentaram soluções de como é possível dobrar a produção de alimentos no Brasil sem a necessidade de novos desmatamentos e como colocar o país como protagonista na construção de um pacto global de sustentabilidade, aproximando pesquisadores de produtores e empresários.

O Projeto Biomas Tropicais é coordenado pelo Instituto Fórum do Futuro, presidido pelo Professor Alysson Paolinelli, e conta no seu núcleo central com a parceria de instituições como o CNPq, a Embrapa, a Universidade de São Paulo (ESALQ), as Universidades Federais de Lavras e Viçosa, o Centro de Gestão de  Estudos estratégicos, o SEBRAE e a FGV-Agro, além de inúmeras instituições regionais em cada um dos biomas estudados. A experiência deve desenvolver alternativas para a integração da ciência, energia, natureza e alimentos, criando uma sinergia entre essas áreas e dando grande ênfase a ações sustentáveis.

“As ciências tropicais dispõem de tecnologia que oferecem uma base segura de desenvolvimento sustentável para as nações mais necessitadas de alimentos, rendas e empregos dignos baseados nos sistemas produtivos sustentáveis”, observou Alysson Paolinelli durante o evento.

Para atingir seus objetivos, o projeto Biomas Tropicais se concentrará em pesquisa e gestão de alta precisão. “Avaliar os impactos de áreas ocupadas e criar alternativas para o manejo da atividade agrícola também são os objetivos do projeto para se obter uma gestão tropical sustentável nos próximos anos”, avalia o ex-ministro da economia Paulo Haddad, também presente ao evento.

“A Ciência em primeiro lugar”. Esta é a ideia que orienta o Projeto Bioas, que começa pela  identificação do limite de uso possível dos recursos naturais existentes nos territórios avaliados. Somente a partir daí é que as diversas áreas do conhecimento envolvidas passam a sinalizar soluções para aumentar a produção de alimentos de forma rigorosamente sustentável.

A proposta de um novo pacto global do alimento parte do princípio de que já existe tecnologia suficiente para assegurar o incremento da produção de alimentos em bases sustentáveis seja na América Latina, na África, ou nas estepes asiáticas. Mas, falta articular a visão estratégica, com a colaboração de agências de fomento como o Banco Mundial, a FAO e o BID. O propósito é encontrar caminhos para promover a inclusão tecnológica dos povos tropicais, permitindo o desenvolvimento sustentável, a geração de renda e empregos  e viabilizando a permanência dos povos tropicais em suas regiões de origem.

“É preciso pôr um fim à migração forçada, que é também produto do fenômeno do aquecimento global, diz Paolinelli, para quem uma nova plataforma de ciência, tecnologia e inovação pode abrir o espaço para a produção na zona trópica de alimentos mais saudáveis, com menor emissão de gases de efeito estufa e ampla repercussão social e ambiental”.

A concepção do  Projeto Biomas começou há oito anos e a implantação teve início em meados de 2019, no Polo Demonstrativo dos Cerrados, em Rio Verde (GO). Agora estão sendo iniciados os trabalhos na Amazônia e na Caatinga.

Mais informações 11 25780422 e 11 996229692

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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