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Projetos realizados por leis de incentivo fiscal adaptam atividades para superar momento de crise causado por coronavírus

27/3/2020 –

O avanço do coronavírus causou o cancelamento de atividades e eventos realizados através de leis de incentivo fiscal em todo o Brasil. Por operarem em uma posição financeira mais vulnerável, as organizações sem fins lucrativos, produtoras e institutos são mais afetados pelos cancelamentos e suspensão de atividades. O momento de incerteza revela as fraquezas do setor, mas também as possibilidades de repensar e fortalecer quem trabalha em prol do bem-estar coletivo.

Com o atual cenário, a preparação para emergências e reflexão sobre novas formas de monetização é um bom uso do tempo das equipes. Alguns projetos e associações não podem suspender as atividades ou liberar os funcionários e, nesse caso, tomar medidas de prevenção em cada detalhe é essencial. O “Projeto Casa do Vovô” mantém um lar com 85 idosos na cidade de Ribeirão Preto.

Alex Rodrigues, coordenador do projeto aprovado no Fundo do Idoso, relata que nesse caso, apenas os funcionários acima dos 60 anos foram liberados do serviço e todos os outros profissionais responsáveis pelos cuidados dos idosos que ali vivem receberam orientações sobre os cuidados redobrados com a limpeza. Além da higiene pessoal, a limpeza do local foi redobrada principalmente em locais de uso comum, “os banheiros comunitários recebem limpeza após cada uso, no refeitório, os moradores foram divididos em grupos para que o local não fique muito cheio”.

Além da limpeza, Alex reforça que os funcionários têm dado atenção especial aos cuidados psicológicos dos idosos para que todos compreendam da melhor maneira que o momento é de calma e proteção. Familiares só podem conversar e “visitar” através de chamadas telefônicas ou de vídeo. “Providenciamos também alguns quartos separados fora do convívio geral para que em caso de que algum de nossos moradores contraia a doença, ele seja devidamente isolado o quanto antes”, relata Alex.

O trabalho remoto não é uma opção para o projeto Casa do Vovô, que trabalha com serviços essenciais, mas outros podem continuar de forma virtual e evitar cancelamentos. A Associação Morumbi de Integração Social (AMIS), que possui alguns projetos culturais para crianças, realizados pela Lei Rouanet, tomou medidas para minimizar os efeitos que o momento atual causou. Ester Leão, coordenadora de projeto da associação, relata que o primeiro passo foi a criação de grupos no WhatsApp com todas as crianças e familiares envolvidos nos projetos para o repasse de informações e, o mais importante, “nós queremos passar a certeza de que a AMIS permanecerá presente no dia-a-dia desses jovens. A ideia além de informar e manter o máximo de atividades possíveis através de vídeo chamadas”

No caso dos projetos de música, como o projeto “Orquestra dos Sonhos”, as crianças foram divididas em grupos menores para que aulas práticas e teóricas seguissem acontecendo via vídeo chamadas. “Alguns de nossos alunos não possuíam os próprios instrumentos musicais, então montamos kits com os instrumentos da associação e emprestamos para a família”, conta Ester.

Apesar de a maioria das organizações não estar preparada para crises como a desencadeada pelo coronavírus, a capacidade de adaptação é de extrema importância. A dica é usar este momento para se perguntar sobre a sustentabilidade da organização. A experiência ensina que enquanto a crise passa, os impactos financeiros permanecem por algum tempo. “Estamos em uma fase difícil que exige um nível maior de comprometimento e dedicação. O impacto econômico chega mais rápido ao terceiro setor e precisamos ampliar nossos esforços para arrecadar recursos para essas instituições. Continuaremos firmes em nossa missão, de fomentar projetos incríveis e ajudar empresas na transformação de impostos em impacto social positivo.” , ressalta Douglas Nicolau, CEO da Incentiv.me – startup de inovação tributária que capta recursos através de leis de incentivo visando o impacto social.

Ao mesmo tempo, é hora de conscientizar as empresas e as pessoas sobre a necessidade de uma cultura da doação e da responsabilidade social. Afinal, crises como esta mostram o quanto estamos conectados.

Website: https://app.incentiv.me/users/22

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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