São Paulo 17/4/2020 – Todos eles estão conscientes que as regras das autoridades médicas e sanitárias são preventivas e de proteção para a manutenção da saúde pública
O mundo moderno, mesmo antes da pandemia do coronavírus, já havia adotado o atendimento online para alguns tipos de serviços. Os bancos são um excelente exemplo de que o autoatendimento, por aplicativo, é fácil, prático e ainda evita as imensas filas nos caixas das agências.
Mas quando se trata de saúde, uma consulta médica ou psicoterapêutica online ainda causa certa resistência por parte do público. A prática, no caso da psicoterapia, já estava liberada no Brasil antes mesmo da pandemia do coronavírus. A resolução CFP (Conselho Federal de Psicologia) nº 011/2018 tornou possível a orientação psicológica a distância e em tempo real.
No entanto, as pessoas ainda têm a necessidade do contato humano com esses profissionais para se sentirem mais seguras. Contudo, em tempos de coronavírus, o distanciamento social é o que garante a segurança. E, por isso, a teleconsulta tornou-se uma realidade comum para muitos pacientes, bem como àqueles que fazem tratamento terapêutico com psicólogos, tendo os mesmos benefícios aos pacientes.
O Conselho Federal de Psicologia liberou para todos os profissionais da classe o atendimento online que, até então, para ser realizado, era necessário o cadastramento no e-Psi. Somente depois o profissional poderia dar início ao trabalho remoto. “Essa foi uma excelente decisão do nosso Conselho! Agora, mais do que nunca, em meio a uma atmosfera de insegurança, incerteza, medo, ansiedade, insegurança, os pacientes precisam muito de suas sessões. O atendimento online mantêm a seriedade e o sigilo profissional do setting tradicional e os resultados e a eficiência do tratamento permanecem os mesmos”, garante a psicoterapeuta especializada no tratamento de depressão, ansiedade e síndrome do pânico, Ana Beatriz Cintra.
Ainda segundo a psicóloga, a maior queixa entre os seus pacientes está em lidar com a ansiedade do isolamento social. “Todos eles estão conscientes que as regras das autoridades médicas e sanitárias são preventivas e de proteção para a manutenção da saúde pública. No entanto, a ansiedade causada pelas medidas pode levar ao pânico. Ainda há a nova rotina, a convivência diária com o companheiro(a) e os filhos, que também estão afastados de suas atividades. Tudo isso precisa de muito equilíbrio emocional para ser administrado”, explica Ana Beatriz Cintra.
Para ter maior respaldo emocional nesse momento tão desafiador, a profissional aconselha a todos os pacientes a darem continuidade aos seus tratamentos. “Ao final dessa pandemia todos nós seremos pessoas diferentes. E, apesar do isolamento social imposto, já é possível ver também um estreitamento nos laços, mesmo que sejam virtuais. Uma mente aberta a novas ideias nunca será mais a mesma. A nova realidade e praticidade estão aí para serem usadas. Vejo que estou sendo muito procurada para os atendimentos online, os quais vêm ajudando muito os pacientes, tranquilizando-os e trazendo esperança e equilíbrio. As pessoas estão com mais tempo para a convivência, que pode ser difícil sim, afinal estamos presos em casa contra a nossa vontade, mas é momento para sentar e olhar seus irmãos, filhos, cônjuges e pais antes esquecidos. É momento também para o autoconhecimento, para a meditação e também para a oração. Momento para se conectar com algo maior”, finaliza Ana Beatriz Cintra.
Website: https://www.anabeatrizcintra.psc.br/
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