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Psiquiatra ensina a diferenciar depressão clínica da tristeza

São Paulo – São Paulo 10/9/2020 – A energia, o interesse por sexo, a vontade e a iniciativa em realizar coisas diminuem ou desaparecem nas pessoas deprimidas.

A palavra “depressão” significa coisas distintas para pessoas diferentes, mas o transtorno depressivo, no sentido clínico, não deve ser confundido com tristeza. Depressão pode ser um sintoma (como quando uma pessoa diz que se sente deprimida); um sinal (quando alguém observa outra pessoa e diz que ela parece deprimida); ou um transtorno médico que deve receber diagnóstico e tratamento adequado.

O médico psiquiatra Cyro Masci afirma que é importante separar o transtorno depressivo da tristeza, ou melancolia eventual, que a maioria das pessoas experimente lá pelas tantas. “Por exemplo, a tristeza que um indivíduo sente ao perder uma pessoa querida não é uma depressão. Se, no entanto, essa tristeza impedir o funcionamento normal no dia a dia ou então estiver causando um grande sofrimento, a coisa muda de figura”, afirma.

A primeira área que a depressão afeta, segundo ele, é o humor. “Na maioria das vezes (mas não sempre) a sensação inicial é de tristeza, melancolia, preocupação e desesperança”, explica Cyro Masci.

Sono e sexo

O psiquiatra lembra que as funções corporais, no geral, ficam comprometidas e são comuns sintomas de perda de apetite e de peso (embora em algumas pessoas ocorra exatamente o contrário). “Dificuldades com o sono, seja por não conseguir adormecer, ser difícil manter o sono ou ainda acordar mais cedo que o habitual com grande dificuldade em voltar a dormir. Alguns poucos depressivos experimentam o inverso, um aumento nas horas de sono”, acrescenta Masci.

A energia, o interesse por sexo, a vontade e a iniciativa em realizar coisas diminuem ou desaparecem. “A fadiga é muito comum, e podem aparecer sintomas como boca seca, náusea e constipação (ou às vezes diarreia). Algumas vezes aparecem dores misteriosas que parecem ir de um lugar para outro e desaparecem quando a depressão melhor”.

As mudanças no comportamento podem acontecer para o lado da apatia ou agitação. O psiquiatra aponta ainda que muitas pessoas evitam contatos sociais, mergulhando no isolamento. “Alguns conseguem trabalhar normalmente, mas se sentem terrivelmente deprimidas, outras sentem enorme dificuldade em realizar as atividades diárias, como tomar banho, vestir-se, comer ou trabalhar”, diz.

Causas da depressão

A depressão não tem uma única causa. De acordo com o psiquiatra, no geral é uma combinação de diversos fatores. Ele afirma que existem os psicológicos (como uma intensa reação à perda de uma pessoa querida, por exemplo); fatores do ambiente (como ter que enfrentar uma situação de convívio com uma pessoa muito doente); fatores genéticos (que é a predisposição orgânica que cada pessoa traz ao nascer); fatores hormonais (como o baixo funcionamento da tireoide ou desbalanceamento de outros hormônios); e fatores bioquímicos cerebrais, nos transmissores químicos do cérebro.

Portanto, a depressão clínica é uma doença, como qualquer outra, e ninguém fica deprimido como uma punição por ter feito “algo de ruim” – uma interpretação errada bastante comum em quem está deprimido. “Não é um defeito de caráter ou de personalidade. Não é sinal de fraqueza. Não é falta de força de vontade para superar suas dificuldades. E, na sua presença, é necessário procurar tratamento psiquiátrico, que consegue reduzir o sofrimento para um grande número de pessoas”, orienta o psiquiatra, cuja linha de atuação é a abordagem integrativa, que une a medicina convencional com terapias alternativas.

Fonte: Cyro Masci, médico psiquiatra em São Paulo, autor dos livros “Síndrome do Pânico: Psiquiatria com abordagem integrativa” e “Biostress: Novos caminhos para o Equilíbrio e a Saúde”.

Outras informações: https://bit.ly/34mE498 

Website: https://www.masci.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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