As vending machines (máquinas de venda automática, em tradução livre), estão cada dia mais presentes em espaços como aeroportos, centros comerciais, condomínios, empresas, metrôs, supermercados e shoppings centers do Brasil e do mundo. Com a expansão, o mercado global cresceu 17% entre 2018 e 2019 e, para o período entre 2020 e 2024, há um potencial estimado em US$ 9.82 bilhões (R$ 53,44 bilhões), de acordo com um estudo da Technavio, empresa de pesquisa e consultoria de mercado com cobertura mundial.
Rosevaine Aparecida Evangelista Nogueira, sócia-proprietária da Sonho de Algodão Doce – vending machine de algodão doce colorido -, conta que, como resultado dos bons números obtidos, o interesse para empreender no setor vem em uma crescente, mas, mesmo não sendo um segmento complexo, é comum que surjam dúvidas sobre as máquinas e sua forma de funcionamento.
Segundo Nogueira, uma das dúvidas mais frequentes das pessoas que se interessam pelo segmento e têm interesse em investir em vending machines diz respeito às formas de pagamento que são aceitas pela modalidade.
“Em um vending machine, é possível utilizar todos os cartões de débito, além de cartões de crédito e, até mesmo, PIX”, explica. Segundo dados do BC (Banco Central), já existem mais chaves PIX (551 milhões) do que habitantes (208 milhões) no país, segundo a prévia do censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 2022. Dentre as chaves PIX, 526 milhões são de pessoas físicas e 25 milhões, de pessoas jurídicas.
Segundo Nogueira, é justamente a diversidade de formas de pagamento que pode agilizar o processo de utilização do cliente. “Hoje em dia, poucas pessoas utilizam dinheiro em espécie e essa variedade, além de trazer segurança e praticidade, ainda evita o manuseio de notas para, em seguida, consumir o alimento”.
Ao todo, há 7.339.345.673 cédulas em circulação no Brasil, com valor total superior a R$ 315 bilhões, e mais de 28 bilhões de moedas, com valor total superior a R$ 7 bilhões, segundo dados do Bacen (Banco Central), compartilhados pelo Estadão E-Investidor.
Segundo o infectologista Ralcyon Teixeira, entrevistado pelo site do Governo do Estado de São Paulo, as notas de papel contêm bactérias que podem causar diarreia e infecções na pele. As moedas, por sua vez, podem carregar doenças virais que geram doenças como diarreia, gripes e resfriados. Paulo Olzon, infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) ouvido pelo R7, destacou que doenças respiratórias também podem ser transmitidas por meio dessa circulação.
De acordo com um estudo publicado no periódico científico PLoS ONE, uma nota de um dólar reúne centenas de espécies de microrganismos, além de diversos traços de material genético de animais, como mostra uma publicação do Correio do Estado. Em estudos laboratoriais, os cientistas analisaram dez notas de um dólar provenientes de um banco em Nova York, nos EUA, e descobriram a existência de diversas bactérias, inclusive presentes na flora vaginal, além de micróbios da boca, DNA de animais domésticos e vírus.
No que depender das vending machines, a circulação de cédulas e moedas tende a diminuir cada vez mais: segundo a sócia-proprietária da Sonho de Algodão Doce, as formas de pagamento mais utilizadas pelos consumidores do segmento são os cartões de crédito e débito.
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