Vive-se no país nas últimas semanas um momento de quedas sequenciais no preço dos combustíveis. Além da gasolina, o diesel S-10 apresentou redução média de 1,68%, passando de R$ 7,13 para R$ 7,01, e o etanol teve o preço médio no país reduzido em 3,51%, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Tal cenário pode indicar um cenário favorável para que empresas repensem a gestão das suas frotas já que, com o custo menor de combustível, é possível que haja uma circulação maior de automóveis.
Frotas leves são os chamados veículos de passeio e podem estar presentes em diversos tipos de operações, como o agronegócio, telecomunicações e o setor de bebidas. O controle dessas frotas faz a diferença na administração de recursos, no aumento de produtividade, e principalmente, na segurança dos condutores.
Seu gerenciamento, além disso, consiste na compreensão e controle de algumas informações como a quilometragem, o consumo de combustível, rotas percorridas e comportamento do condutor, por exemplo.
Tecnologia a favor do negócio
O uso de tecnologias para a gestão de frotas é o primeiro passo para se obter total controle da operação, e ter respostas seguras é fator decisivo para mais um passo no sentido de se alcançar a eficiência, assim como a redução de custos.
“A partir do uso de ferramentas para gestão e da criação de indicadores, as decisões que envolvem a frota são tomadas de modo muito mais assertivo”, esclarece Sérgio Jábali, CTO da Golfleet Tecnologia, empresa que atua com tecnologia para gestão de frotas leves.
As ações desenvolvidas para correções e reduções se tornam mais eficientes, uma vez que são passíveis de acompanhamento e avaliação. Dessa maneira, as decisões passam a ser tomadas mais rapidamente e de modo mais estratégico, o que agrega valor ao papel do gestor de frotas.
A gestão de frota de veículos leves, ademais, é possível ser feita de diferentes formas, sendo a inovação tecnológica o alicerce para que as empresas deste setor possam atuar neste propósito.
O rastreamento, tecnologia que mostra o rastro da frota, ou seja, por onde os carros têm andado, por exemplo, se destina a empresas que não praticam uma gestão mais complexa da frota, mas que têm o foco na produtividade e na recuperação dos veículos.
A partir das informações do hodômetro e da ignição, por exemplo, é possível realizar uma análise do uso e da distância percorrida pelo carro dentro e fora do período comercial, os excessos de velocidade praticados pelos condutores e, ainda, se o veículo ficou com a ignição ligada sem estar em movimento.
“Uma vantagem [desta tecnologia] é acompanhar o veículo 24h por dia. Além de ter controle da localização do veículo, é uma ótima medida de segurança que permite gerenciar operações de logística”, destaca Jábali.
Já a telemetria é uma tecnologia mais avançada do que o rastreamento e disponibiliza mais indicadores de comportamento de condutor para serem analisados.
“Esta tecnologia destina-se às empresas que praticam gestão de frota com foco na segurança de seus condutores, na produtividade da frota e na sustentabilidade da operação”, diz.
Entre os indicadores que a telemetria pode proporcionar, destacam-se as análises de comportamento dos condutores; políticas de frotas configuráveis de acordo com a característica da operação; análise de gastos com manutenção e combustível; gestão da velocidade por via; identificação de condutores (em frotas que dois ou mais condutores compartilham o carro); e gestão de multas, sinistros e consumos.
Por fim, a videotelemetria combina rastreamento com o vídeo streaming e, de acordo com o especialista, “é o que há de mais moderno nas tecnologias de rastreamento”. Jábali afirma que esta tecnologia é ideal para empresas que já realizam uma gestão avançada de frotas, com políticas bem definidas, “e que já compreenderam a importância de colocar a segurança do condutor no centro de todas as decisões relacionadas à frota”.
Ele explica que, com um único equipamento, que faz a função do rastreador e da câmera, a video-telemetria faz o reconhecimento do condutor sem que este necessite realizar qualquer ação, “evitando transtornos com a perda ou troca de cartões de identificação, e agilizando as auditorias de infrações e utilizações de veículos”.
Os três principais itens que compõem esta tecnologia são o Video Tracking, com rastreamento, velocidade e os vídeos para análise de eventos; o Face ID, que atua com o reconhecimento facial por foto; e o Verbal Coaching, alertas por voz sobre os desvios de comportamento ao volante.
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