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Recorde na produção de grãos impulsiona indústria química

São Paulo, SP 11/1/2021 – Apesar de estarmos enfrentando grandes desafios, a safra de grãos tem se mostrado surpreendente de todos os pontos de vista. Inclusive para a indústria química.

Quando o brasileiro está diante de um prato de arroz com feijão, provavelmente ele nem pensa no quanto aquela refeição impulsiona a economia do país. Mas é fato que o recorde esperado na produção de grãos da safra 2020/2021 está diretamente ligado ao maior uso de defensivos agrícolas e fertilizantes especiais, com consequente aumento de demanda da potassa cáustica.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil deverá colher 265,9 milhões de toneladas de grãos, ou seja, 3,5% a mais do que a temporada 2019/2020 – já considerada muito boa. Soja e milho correspondem a 89% da produção de grãos, sendo que a soja tem crescimento estimado em 3,3% (134,5 milhões de toneladas) e a produção de milho deverá ser superior a 102 milhões de toneladas. A produção total de feijão no país é de 3,1 milhões de toneladas. Quanto ao arroz, o crescimento é de 3,2% na área e a produção está estimada em 10,9 milhões de toneladas.

“Apesar de estarmos vivendo uma fase de grandes desafios, tendo superado inclusive problemas de importação de insumos nos períodos mais críticos da pandemia, a safra brasileira de grãos tem se mostrado surpreendente de todos os pontos de vista. Para a indústria química, trata-se de um sinal muito positivo, já que a comercialização da potassa cáustica – fundamental na industrialização de defensivos agrícolas – também respondeu a um aumento de demanda”, diz João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas (RJ) – uma das principais produtoras de potassa cáustica da América do Sul.

O executivo explica que a potassa cáustica (hidróxido de potássio) é um álcali parecido com a soda cáustica, porém é utilizado em aplicações mais nobres, em que a presença de sódio é indesejada. “A matéria-prima da Katrium é o cloreto de potássio, que precisa ser importado. A eletrólise do sal gera a potassa, mas também cloro, hidrogênio, ácido clorídrico e hipoclorito de sódio. O maior consumidor da potassa é o setor agropecuário, que a emprega na produção de defensivos agrícolas e fertilizantes foliares. Sendo assim, quando a safra de grãos é destaque, também nós comemoramos”.

Vale ressaltar que o combate a pragas é um dos maiores desafios da agricultura no Brasil, por ser um país tropical (quente e úmido) e um dos únicos a ter mais de uma safra anual. A ameaça de fungos, bactérias, ácaros, vírus, parasitas, plantas invasoras e insetos é real e crescente. Pesquisas desenvolvidas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da Universidade de São Paulo apontam que, se os cultivos não contassem com a proteção dos defensivos agrícolas, os sojicultores precisariam investir R$ 33 bilhões para obter a mesma produtividade e o custo interno da soja subiria 22,9%. Quanto ao milho, o gasto adicional para atingir a mesma produção atingiria R$ 25,3 bilhões e o custo no mercado doméstico seria 13,6% superior.

Isso indica que, além de controlar plantas invasoras, os herbicidas protegem os cultivos e contribuem para o aumento da produtividade com eficiência e segurança dentro de todos os padrões avaliados. Além disso, com uma oferta maior de alimentos, os preços tendem a cair – o que é uma grande notícia para os brasileiros.

Fontes:
https://www.conab.gov.br/ultimas-noticias/3733-falta-de-chuva-no-sul-reduz-a-estimativa-de-producao-mas-novo-recorde-e-esperado

João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas – uma das maiores produtoras de potassa cáustica da América do Sul, baseada em Honório Gurgel, Rio de Janeiro. www.katrium.com.br

https://cepea.esalq.usp.br

Website: http://www.katrium.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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