O mercado de energia solar continua aquecido no Brasil: ao longo do mês de julho de 2022 foram registrados onze recordes de geração de energia solar no país. Segundo dados do Sistema Interligado Nacional, no dia 28 de julho, foram gerados, em média 1.495 MW, representando 2,1% da demanda de todo o sistema.
E a expectativa é que esse movimento continue com os constantes aumentos na conta de luz. Recentemente, a Aneel reajustou em até 64% o valor da cobrança extra caso haja mudança na bandeira tarifária. Essa mudança vem pouco depois de um reajuste médio de 12,04% para 24 cidades no estado de São Paulo – ou seja, o sistema elétrico atual está limitado e quem paga a conta é o cliente. Diante desse cenário, a energia solar se posiciona como a principal alternativa disponível para os consumidores.
Entre os benefícios dessa matriz energética temos a perda de dependência de períodos chuvosos, além do baixo custo de manutenção e o retorno financeiro proporcionado pela implementação do sistema. Além disso, ao gerar a própria energia de forma sustentável, contribui-se para a preservação do meio ambiente.
Com o crescimento e desenvolvimento do setor, é natural que haja dois grandes movimentos. Um de investimento de empresas interessadas em fazer parte dessa transição e outro para o mercado de trabalho, com profissionais visualizando oportunidades na área. Segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), desde 2012, o uso da fonte solar já trouxe mais de R$ 86,2 bilhões em investimentos no país e gerou mais de 479,8 mil empregos – sendo que em 2021 houve recorde de abertura de vagas com 153 mil postos.
Capacitação é fundamental
O mercado de trabalho em alta demanda por profissionais traz desafios. Por ser uma tecnologia ainda em implantação, é importante que haja a capacitação e profissionalização dos trabalhadores, sendo possível atender a solicitação cada vez maior da população e das empresas.
Nesse sentido, o profissional interessado em aprender sobre o tema precisa compreender a diferença do básico até o avançado, como as diferenças entre o sistema on grid e o off grid, até a funcionalidade dos equipamentos que os compõem, como placas fotovoltaicas, inversores, controladores de carga, e outros, para que seja possível desenvolver projetos adaptados para cada situação. Uma das possibilidades para adquirir conhecimento são os cursos que as empresas atuantes no setor promovem.
Um dos exemplos são os centros oferecem programas de educação e incentivo ao empreendedorismo para qualificação profissional. Nesses polos educacionais, sejam eles de empresas, como a Intelbras Itec, ou privados como o SENAI, é possível encontrar conteúdos e trilhas disponíveis de forma que o profissional pode tanto escolher uma área específica para seguir ou pode ir pulverizando seu conhecimento para atuar com as mais diversas soluções tecnológicas produzidas pela empresa.
No caso da energia solar, existem três tipos de curso: o de portfólio, técnico e certificação, com esse último sendo fundamental para que o profissional seja autorizado a trabalhar com produtos e serviços de uma empresa que produz e comercializa esse tipo de equipamento. Ademais, também são disponibilizados cursos de gestão de negócios, voltados a promover as soft skills da pessoa, bem como aguçar a mente empreendedora.
Portanto, o crescimento apresentado pelo mercado de energia solar nesses últimos anos vem sendo acompanhado de oportunidades de emprego e da capacitação de interessados. Assim, o profissional que seguir se especializando, poderá ter chances maiores de se destacar quando o setor alcançar sua maturidade.
*Mônica Nedel é Gerente de treinamento técnico da Academia do Conhecimento (Itec) da Intelbras