São Paulo, SP 16/11/2020 – Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o problema, a OMS promove, de 18 a 24 de novembro, a Semana de Conscientização Antimicrobiana
A resistência antimicrobiana é considerada uma das maiores ameaças à saúde global, trata-se de um problema crescente e que desafia a medicina. Segundo a ANVISA, uma em cada quatro infecções registradas podem ser causadas por micro-organismos resistentes, tornando as infecções comuns mais difíceis de serem tratadas e aumentando o risco de propagação de doenças mais graves. Fora os custos mais elevados de tratamentos, permanência prolongada de pacientes em hospitais e ainda aumento dos índices de mortalidade.
Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o problema, bem como incentivar melhores práticas entre o público geral, profissionais de saúde e legisladores, a Organização Mundial da Saúde promove, de 18 a 24 de novembro, a Semana de Conscientização Antimicrobiana. “A Campanha, que conta com o apoio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) é destinada tanto à população leiga como aos profissionais de Saúde. “Ela busca atualizar a todos sobre a situação da resistência bacteriana no país e no mundo e de suas tão salientadas consequências individuais e coletivas”, explica Dr. Geraldo Druck Sant’Anna, presidente da ABORL-CCF.
De acordo com o Coordenador da Campanha, Dr. Otavio Piltcher, devido à grande prevalência de infeções do trato respiratório, a otorrinolaringologia pode contribuir de forma significativa para melhoria da situação quanto ao uso inadequado dos antibióticos. De acordo com o profissional, esse é um problema grave, mas que infelizmente ainda não conta com a devida atenção. “É preciso discutir formas de transformar, aos olhos da sociedade, a resistência antimicrobiana como algo bem mais palpável e temido que a percepção atual, traduzidas tanto pela crença mágica sobre a utilidade desses medicamentos pela população, até aos números inaceitáveis de prescrições inadequadas dos mesmos pelos médicos”, finaliza Dr. Otavio Piltcher.
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