São Paulo, SP 3/12/2020 – Pela primeira vez na folia paulistana, todas as ritmistas de uma bateria foram produzidas e clicadas para receberem a homenagem.
Inspirado no enredo de 2021 da Estrela do Terceiro Milênio “Ô abre alas que elas vão passar”, de autoria do carnavalesco Murilo Lobo, que homenageia as mulheres que fizeram história no samba e no Carnaval, o mestre da bateria Pegada da Coruja, Vitor Velloso, criou o projeto Rainhas do Ritmo para homenagear as 46 meninas que tocam nos diferentes naipes da Pegada da Coruja.
Pela primeira vez na folia paulistana, todas as ritmistas de uma bateria foram produzidas e clicadas para receberem a homenagem. “Pensamos em exaltar primeiramente as meninas que formam o coração da nossa escola e pensamos em uma homenagem em que elas vivessem o enredo e se sentissem parte do projeto de carnaval de 2021”, conta o mestre.
Uma equipe renomada foi convidada para produzir as meninas com as referências do logo do enredo e as meninas foram clicadas em dois finais de semana. A equipe composta pelo premiado maquiador Márcio Merighi (prêmio Avon 2017, 22ª edição), a visagista Valéria Velloso que atuou nos principais musicais como “Cartola – O mundo é um moinho’”, “Hebe, o musical”, “Priscilla” e em diversos programas de TV, o fotógrafo Igor Cantanhede, famoso por clicar o Carnaval paulistano e a produtora Lara Schulze preparam as meninas para a sessão de fotos e vídeo para a campanha de envolvimento com o enredo e futuras ações de marketing.
“Foi muito emocionante ver cada uma delas produzidas, lindas e diferentes. A equipe vibrou com cada resultado e sentimos que a ação foi positiva para autoestima delas. Foi mesmo um dia de rainha para cada uma delas”, conta Vitor.
“Me senti única. Nunca tinha feito fotos, maquiagem, produção, poses, carão (risos). Esse projeto fez a gente se sentir única, importante, empoderada. Acredito que as meninas da batucada também pensaram e se sentiram assim”, declara Mariane Lopes, ritmista de tamborim que até antes do projeto só usava manteiga de cacau. Todas as meninas são moradoras do Grajaú, extremo sul de São Paulo.
A produção aconteceu no início de julho deste ano, durante a quarentena por conta da pandemia do coronavírus. As imagens foram feitas na quadra da escola de samba, que fica no coração do bairro do Grajaú, respeitando os todos os protocolos de segurança que o momento exige. O espaço passou por sanitização para a segurança de todos.