#EspecialDiaDasMães
Quando criança eu costumava visitar a casa dos meus avós no bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo. Foi nessa fase, ainda com uns 12 ou 13 anos, que eu descobri que o jornalismo seria a minha profissão.
O barulho da máquina de escrever utilizada pelo meu avô repercutia em meus ouvidos e a minha grande diversão era ficar sentado ao seu lado, em silêncio, apenas observando a sua agilidade ao bater em cada letra que futuramente formariam e contariam a ainda recente história de vida de seus quatro netos.
Um certo dia, ainda distante do vestibular, revelei para a minha mãe que eu iria prestar jornalismo. Ela não entendeu muito bem o motivo da escolha, até porque ninguém na família havia seguido esse caminho, mas apoiou desde sempre – ainda sem entender exatamente o que eu iria fazer.
Me formei jornalista e me realizei assessor de imprensa. Após nove anos na Comunicação da Record TV eu resolvi aceitar um novo desafio profissional e iniciei a minha trajetória na Agencia Spokesman.
Antes de aceitar, porém, busquei ajuda. “E agora, mãe? Saio da Record e sigo uma nova empreitada”. “Filho, siga a sua intuição. Competência não lhe falta”.
Segui a intuição e o conselho.
Mais um sábio conselho!
Acredito que até hoje ela não saiba precisamente o que eu faço. Mas isso pouco importa. O sentimento dela é de orgulho, o meu é de agradecimento!
Os barulhos da Olivetti de meu avô despertaram a minha vocação para o jornalismo, mas os conselhos da D. Rosa moldaram em mim um dos conceitos do jornalismo: Só sabe contar uma história aquele que consegue ouvi-la…
Eu sempre te ouvi, mãe.
Obrigado!
Mauricio Storelli. Jornalista e gerente de Comunicação da Agência Spokesman