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Safra de grãos em 2023 deve impulsionar indústria química

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O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado recentemente pelo IBGE, prevê que a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas de 2023 deverá ser de 293,6 milhões de toneladas – representando um novo recorde. Em relação à safra de 2022, deve haver um aumento de 11,8%. Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, a safra da soja foi drasticamente reduzida devido à falta de chuvas em 2022, sobretudo na região Sul. Até o momento, o ano que se inicia terá condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de soja e milho.

Além da chuva, o desempenho também está relacionado ao uso de defensivos agrícolas e fertilizantes especiais, com consequente aumento de demanda da potassa cáustica – o que favorece a indústria química. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), os defensivos agrícolas estão entre as principais tecnologias usadas nas lavouras e protegem os cultivos do ataque e da proliferação de fungos, bactérias, ácaros, vírus, plantas daninhas, nematoides e insetos considerados pragas ou causadoras de doenças, garantindo alimento saudável à mesa da população.

De acordo com João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas – fornecedora de potassa cáustica para a América do Sul – as boas perspectivas para a safra de grãos em 2023 sinalizam positivamente para a indústria química, já que a comercialização da potassa cáustica – fundamental na industrialização de defensivos agrícolas – também responde a todo aumento de demanda.

O executivo explica que a potassa cáustica (hidróxido de potássio) é um álcali parecido com a soda cáustica, porém é utilizado em aplicações mais nobres, em que a presença de sódio é indesejada. “A matéria-prima da Katrium é o cloreto de potássio, que precisa ser importado. A eletrólise do sal gera a potassa, mas também cloro, hidrogênio, ácido clorídrico e hipoclorito de sódio. O maior consumidor da potassa é o setor agropecuário, que a emprega na produção de defensivos agrícolas e fertilizantes foliares. Sendo assim, quando a safra de grãos é destaque, também nós comemoramos”.

O Sindiveg ressalta que o combate a pragas é um dos maiores desafios da agricultura no Brasil, por ser um país tropical (quente e úmido) e um dos únicos a ter mais de uma safra anual. Além de controlar plantas invasoras, os defensivos agrícolas protegem os cultivos e contribuem para o aumento da produtividade com eficiência e segurança dentro de todos os padrões avaliados.

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