São Paulo/SP 2/10/2020 – “Acredito muito na índole de Pazuello, por conhecer de perto a família do ministro e sei que ele tomará a melhor atitude” – José de Moura Teixeira Lopes Junior
De acordo com o pronunciamento do Governador do Estado João Doria (PSDB), na última quarta-feira (23/09), a Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e com parceria para produção com o instituto Butantan, estará disponível na segunda quinzena de dezembro deste ano para os paulistas.
O entusiasmo e a aposta do governador, que tinha ao seu lado o diretor do instituto Dimas Covas e um representante da farmacêutica chinesa, deve-se à evolução dos testes da vacina na fase 3, que foi testada em 50 mil indivíduos na China e se mostrou segura. Também no Brasil, foram realizados testes em 9 mil voluntários, em 12 centros de pesquisas espalhados em cinco estados mais o distrito federal. Apenas 5,36% dos participantes da pesquisa sofreram efeitos colaterais ditos como leves, como dor no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%), perda de apetite, dor de cabeça e febre acometeram uma minoria (0,54%) dos testados.
Os resultados sobre eficácia deverão ficar prontos até novembro, mas as expectativas são altas justamente por terem se mostrado satisfatórios nas fases anteriores. Todo esse cronograma deve seguir sem percalços para que o governador Doria possa cumprir sua palavra e os paulistas poderem comemorar esse grande avanço contra a maior pandemia dos últimos tempos.
A princípio, a vacina será ofertada aos profissionais de saúde, o primeiro lote, 5 milhões de doses, está previsto para desembarque em solo paulista em outubro; até dezembro, estima-se 6 milhões de doses e outras 40 milhões de doses serão formuladas no Instituto Butantan, com os insumos chineses. Essa quantidade é suficiente para a vacinação de todo o estado de São Paulo e está prevista para até o final de fevereiro.
Também vale lembrar, que as obras da nova fábrica de vacinas do Butantan terá suas obras iniciadas apenas no mês que vem (Outubro), tornando ainda mais desafiador o compromisso do governador, que tem também pela frente a liberação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que é quem autoriza ou não a distribuição e aplicação na população, vale lembrar que a agência é ligada ao governo Federal, que por sua vez possui acordo com a vacina inglesa, desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford.
Políticas à parte, a expectativa continua grande e acelerada para que não apenas a população de São Paulo seja imunizada contra a covid-19, mas para que todos os brasileiros tenham acesso à vacina; nessa direção, o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn se encontrou com o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello, para discutir um acordo de 40 milhões de doses para a união, dessa reunião ainda saiu a quantia de 80 milhões de reais destinados à obra da fábrica.
“Acredito muito na índole de Pazuello, por conhecer de perto a família do ministro e sei que ele tomará a melhor atitude em relação a população, independente de posições políticas”, relatou o empresário manaura José de Moura Teixeira Lopes Junior. Mourinha, como é conhecido na região, conheceu de perto o pai de Pazuello na época do Colégio Militar.
A “saída na frente” da vacina chinesa deve-se apenas ao fato da vacina utilizar técnicas convencionais e comprovadas, onde o Coronavírus desativado é injetado no organismo para que o mesmo possa desenvolver uma resposta imunológica, já a inglesa, utiliza de técnicas mais modernas, no qual o material genético do Sars-CoV-2 capaz de provocar a imunidade é transportado para o corpo humano, utilizando-se de um adenovírus que causa gripe em macacos.
De qualquer forma, ambas as técnicas são contestadas, já que uma terceira, onde o material genético é transportado por um adenovírus humano é a aposta do Intituto Gameleya, da Rússia, essa técnica já teve sua eficácia comprovada nos casos de ebola e tratamentos para câncer.
O fato é que são técnicas diferentes, que já demonstraram eficácia em outras doenças, resta à população, enquanto nenhuma solução estiver disponível, precaver-se, mantendo a rotina de cuidados básicos, como evitar aglomerações, uso de máscara, assepsia das mãos e encarar o ‘Novo Normal’, até que se tenha o ‘Velho Normal’ de volta, com toda a população imunizada.