Categories: Comunicação

Saúde bucal do brasileiro nos últimos três anos revela quadro de atenção

Nos últimos três anos, a saúde bucal dos brasileiros sofreu impactos, como apontou a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT), com apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). Os dados revelaram que, na Baixada Santista, 53% dos entrevistados deixaram de fazer tratamento dentário por causa da pandemia da Covid-19. Já os dados coletados pelo Ministério da Saúde, obtidos em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que mais da metade (55%) dos brasileiros não vão ao cirurgião-dentista uma vez por ano, conforme o recomendado.

Diante desses dados, o cirurgião-dentista e presidente da Câmara Técnica de Saúde Coletiva do CROSP, Dr. Marco Antônio Manfredini, avalia que, embora não haja estudos comparativos disponíveis acerca do período da pandemia e do estado atual, dentro do cenário de atendimento público e privado é possível afirmar que houve um agravamento da cárie e das doenças periodontais. 

“Houve um gap no acesso dos pacientes aos serviços, inclusive odontológicos, durante a pandemia. E isso nos leva a supor que tenha havido, sim, uma piora no que se refere a essas patologias no âmbito público e privado, se pensarmos que o aconselhável é que se faça um acompanhamento de seis em seis meses, pelo menos. Dependendo do paciente, a cada três meses”.

O especialista lembra que, especialmente nos primeiros seis meses de pandemia, ocorreu um afastamento, ocasionado sobretudo pelas dúvidas em torno da Covid-19, dúvidas essas também por parte dos cirurgiões-dentistas, além das dificuldades – que foram muitas. “Uma das principais dificuldades foi o acesso aos equipamentos de proteção para poder realizar os atendimentos. Posteriormente, em 2021, o estabelecimento de normativas técnicas garantiu a segurança. Nesse ponto, vale ainda reforçar que os atendimentos são muito seguros, tanto no setor público como no privado”, enfatiza Dr. Manfredini.

Ampliação do acesso

Para o especialista, nos últimos dez anos o programa Brasil Sorridente, estabelecido pelo governo federal e direcionado às questões de assistência odontológica, não teve grande expansão – e essa é uma questão fundamental para a ampliação de acesso da população ao tratamento, segundo o profissional.

“No início deste ano, com o novo governo e com a participação da Coordenadora Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Dra. Doralice Severo da Cruz, tivemos o credenciamento de novas equipes (atualmente são 33.542 equipes de saúde bucal disponíveis) e a expansão de serviços, contudo, ainda é insuficiente”.

Por fim, Dr. Manfredini conclui que a estimativa é que 75% da população dependa do atendimento do SUS e que, para atender essa demanda, é fundamental que haja uma expansão dos serviços para que se possa ter efetivamente uma ampliação do atendimento da população, notadamente na rede pública.  

Compartilhe
0
0
DINO

Recent Posts

Prêmio Impactos Positivos 2024 começa etapa de votação

Com o total de 248 negócios e organizações inscritos, vindos de todas as regiões do…

16 horas ago

Samsung Lança Galaxy Z Fold 6 com Tela Mais Resistente

Novo modelo traz melhorias em durabilidade e multitarefa

16 horas ago

Pink Floyd Eclipse Chega em São Paulo com Espetáculo Audiovisual

No dia 28 de setembro, às 20h, o Teatro Bor em São Paulo recebe o…

16 horas ago

Seguro Garantia pode ser exigido no momento da contratação

A exigência da apresentação de uma garantia contratual para se fechar um contrato tornou-se comum…

16 horas ago

LambdaTest lança serviços profissionais para elevar a excelência em engenharia de qualidade

A LambdaTest apresenta os Serviços Profissionais baseados em IA para aprimorar a cobertura de testes,…

16 horas ago

SNEGG promove ações de gentileza e generosidade pelo Brasil

A 3ª edição da Semana Nacional da Educação para Gentileza e Generosidade (SNEGG) acontece de…

16 horas ago