Recentemente, Lima Duarte, o mais novo protagonista da novela das 9, culpou a internet pelo fim da televisão. Para o ator global, os serviços de streaming Netflix e a própria Globo Play sepultaram o que restou das TVs. Trazendo a linha de raciocínio para os conteúdos jornalísticos, podemos dizer o mesmo, ou seja, que a internet acabou com o jornalismo? Se por “jornalismo” entende-se “jornalismo tradicional e acanhado”, pode ter certeza.
A internet, resquício da corrida tecnológica entre EUA e Rússia, se desenvolveu a partir de um valor supremo: a liberdade. A liberdade de poder criar e recriar programas e conteúdos. De navegar e ganhar o mundo a partir de cliques. Enfim, de se tornar senhor dos seus próprios interesses.
O jornalismo, envolto aos seus paradigmas, não enxergou essa mudança. O jornal impresso, por exemplo, perdeu seu caráter instantâneo. Se continuar “disputando” com a internet, repercutindo as notícias já noticiadas, ira perder feio.
Uma das características mais fortes desse novo momento é a quantidade de informações. Além dos próprios sites jornalísticos, há ainda as redes sociais, como Twitter, Facebook, sites como BuzzFeed, e os youtubers. Os veículos tradicionais perderam o monopólio sobre o conteúdo.
Por outro lado, o jornalismo ainda conserva a rubrica da “credibilidade”. A Kantar, instituto de pesquisas com atuação global, publicou um estudo revelando que a confiança nas mídias tradicionais aumentou. Reflexo do fenômeno “fake news” que povoa a internet.
Outro aspecto marcante da era digital é o apelo ao infotenimento. O termo não surgiu agora, mas se tornou recorrente em meios digitais. O gênero mescla informações com entretenimento, buscando atingir o público com textos mais leves. Levar a informação com outra roupagem, mais palatável ao leitor, é uma boa opção, inclusive para os jornais impressos e as demais mídias. É possível manter a fidelidade dos fatos através de narrativas mais envolventes e atrativas.
É paradoxal constatar que o jornalismo está enfrentado dificuldades em lidar com o… novo. No entanto, os jornalistas ainda gozam de certo prestígio. Motivo esse pelo qual não é possível considerar youtubers ou meros usuários da internet em produtores de conteúdo jornalísticos. Há ditames a serem seguidos. A apuração e a pesquisa são alguns dos preceitos ao qual o jornalista deve estar submetido.
As regras do jogo estão dadas. Cabe às mídias se reinventarem. Hoje, os veículos tradicionais ensaiam mudanças. Novos recursos como newsletters, noticias divulgadas em WhatsApp e acesso restrito à matérias digitais já são realidade. É pouco, comparado ao tamanho da mudança, mais um começo.
O jornalismo não vai acabar. Sempre haverá a necessidade de um filtro. Porém, as empresa precisam não só estar na internet mais investir em novas tecnológicas. Utilizar novas plataformas. Segundo o pesquisador Caio Túlio Viera, o mundo mudou, mas as empresas jornalísticas não. Por que não utilizar plataformas de streaming para divulgar conteúdos jornalísticos? Essa é a tendência para as próximas décadas. Do contrário, não evitaremos o triste destino traçado por Lima Duarte.
*Renan Dantas dos Santos. Estudante do 3º semestre de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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