Lugar de mulher é onde ela quiser. A frase, popular nos últimos anos, é corroborada por um estudo do Sebrae-MT (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Mato Grosso), que mostra que 71% das empreendedoras sul-mato-grossenses são mães. Destas, a maior parte (58,46%) está à frente de empresas do setor do comércio.
Indicativos do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2020, coletados com apoio do Sebrae e do IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), demonstram que o Brasil tem cerca de 52 milhões de empreendedores. Deste percentual, 30 milhões (48%) são mulheres, o que coloca o país como a sétima nação com o maior número de empresárias.
Paralelamente, dados da RME (Rede Mulher Empreendedora) indicam que mais da metade (55%) das empresárias brasileiras abriram negócios nos últimos 3 anos.
Na análise de Juliana Viza, que é médica, empreendedora, estilista e personal stylist da loja Juliana Viza Store, e-commerce de roupas femininas, cada vez mais, as mulheres estão migrando para o empreendedorismo em busca de reconhecimento, conhecimento e liberdade financeira. “Para conseguirmos, de fato, alcançar tudo isso, precisamos persistir muito e nos manter firmes no propósito para conciliar desafios como a maternidade e o empreendedorismo”, afirma.
Juliana Viza afirma que descobriu, por experiência própria, que a maternidade e o empreendedorismo têm muito em comum: “os desafios diários da maternidade me tornaram uma empreendedora melhor, assim como os desafios de liderar pessoas me ajudaram a compreender melhor o crescimento do meu filho e me conhecer ainda mais como mãe e mulher”, descreve.
Empreendedorismo com moda feminina
A empresária e palestrante Juliana Viza conta que a “paixão” por moda começou na faculdade de medicina, quando ela comercializava roupas com defeitos, consertando e revendendo.
“Acredito que a moda externa é aquilo que existe de mais lindo na mulher, sua personalidade, autenticidade e singularidade”, pontua Juliana Viza. “É por isso que acredito que mulheres modernas podem ter diversas versões, mostrando aquilo que sentem e são”, destaca.
Na visão da CEO do Instituto Viza, as mulheres sempre foram símbolo de representação da moda. “Acredito que, com o posicionamento feminino, as mulheres podem se empoderar sobre o assunto [moda] e se tornar referências de business e gestão no âmbito de vestuários no Brasil”, afirma.
Indicativos do Sebrae, levantados a partir de um cruzamento de dados da Receita Federal, revelam que o setor de moda cresceu em plena pandemia de covid-19. Segundo o balanço, mais de 440 milhões de brasileiros abriram um negócio ligado à moda em 2020 e 2021 – uma alta de 16,5% em relação ao biênio anterior.
Outro estudo do Sebrae, desta vez em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra que 84% dos negócios de moda utilizaram o e-commerce para vender durante a crise sanitária. Até então, a média geral era de 70%.
A indústria da moda é o maior segmento em faturamento global no e-commerce B2C (Business-to-Consumer”, em inglês – Negócios para o Consumidor, em português), com vendas de US$ 525 bilhões (R$ 2.735,09 trilhões) anualmente, conforme publicação do site Valor Investe. Ainda de acordo com o “Blog Seu Negócio”, o segmento cresce cerca de 11,4% por ano e pode faturar US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões) em 2025.
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