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Segurança do viajante corporativo: como transformar a experiência?

21/8/2020 –

A pandemia deixará uma marca na maneira como as pessoas vivem e viajam. À medida que a rotina de viagens corporativas é retomada, fica evidente a necessidade de adotar um protocolo padrão para garantir a saúde e segurança de colaboradores que precisem se deslocar. Praticar o distanciamento social, adotar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) em praticamente todas as etapas da viagem e manter condutas responsáveis são fundamentais.

Se antes da pandemia o fator determinante de aprovação de uma viagem era o custo, esse fator mudou completamente. As empresas estão adaptando seus modelos de aprovação para garantir que apenas deslocamentos essenciais sejam realizados neste período. A pergunta é: como controlar e definir se uma viagem é ou não essencial?

VIAGENS ESSENCIAIS E NÃO ESSENCIAIS

Nesse contexto, vale a empresa e o colaborador fazerem uma pergunta simples e funcional: é necessária a presença no local ou é possível resolver o assunto remotamente, utilizando a tecnologia para reuniões virtuais através de aplicativos como Skype, Zoom, Hangout, Teams e tantas outras? “Sabemos que o olho no olho é insubstituível, mas o momento exige posturas diferentes. A mudança cultural deixa de ser uma opção e passa a ser uma obrigação”, explica Cibeli de Oliveira, diretora comercial da TripService, empresa especializada em gestão de viagens e eventos corporativos.

Para garantir que os colaboradores se desloquem apenas em casos realmente necessários, muitas empresas estão ajustando temporariamente seus sistemas de reserva de viagens. Com a ajuda da tecnologia, as corporações têm a oportunidade de incluir avisos e orientações aos colaboradores, como também podem alterar processos de aprovação. Nesse sentido, segundo Beatriz Gorisch, executiva de contas corporativas da TripService, as tecnologias colaboram diretamente na gestão dos processos. É possível, por exemplo, incluir notificações gerais à equipe, bloqueios para determinados destinos e criar níveis adicionais de aprovação de viagem, incluindo a área de RH ou de Gestão de Riscos.

MAS, AFINAL, É SEGURO VIAJAR?

Esta é uma pergunta complexa. A segurança em qualquer deslocamento dependerá dos cuidados e das responsabilidades individuais. Neste contexto, vale também um cuidado e uma reflexão extra com pessoas consideradas do grupo de risco. Podem surgir dúvidas também sobre compartilhar táxi ou transporte de aplicativo com algum colega de trabalho. Neste momento, Beatriz Gorisch, ressalta que ainda não é seguro compartilhar veículos. O ideal é alugar um veículo ou utilizar o carro próprio.

Caso não seja possível, a orientação é seguir sozinho e no banco de trás, evitando qualquer tipo de proximidade com o condutor do veículo. Além do uso da máscara, que é indispensável em qualquer situação, o motorista deve disponibilizar álcool em gel dentro do veículo. Conversar o mínimo possível e deixar o veículo sempre ventilado com as janelas abertas, sem o uso do ar-condicionado, também fazem parte dos requisitos de segurança.

HOSPEDAGEM NO HOTEL

O cenário ideal em tempos de pandemia é que cada viajante fique hospedado em um quarto individual. Algumas redes de hotéis não estão permitindo hospedagens em apartamentos duplos, somente membros da mesma família. Muitas empresas também aderiram à hospedagem individual em sua política de viagens.

Na hora de reservar o hotel, é importante observar se o estabelecimento segue as práticas recomendadas pelas autoridades competentes. O local deve adotar equipamentos de proteção individual (EPI) para todos os colaboradores e higienização constante de áreas de toque, incluindo maçanetas de portas, corrimãos e balcões de recepção. Para que os consumidores se sintam seguros ao viajar, o Ministério do Turismo criou o selo Turismo Responsável, identificando estabelecimentos que cumprem protocolos oficiais de prevenção da Covid-19.

VIAGENS DE AVIÃO DURANTE A PANDEMIA

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as aeronaves da frota brasileira contam com um sistema de filtragem que renova o ar a cada 3 minutos e captura cerca de 99% das partículas do ar. Porém, o uso da máscara é indispensável durante todo o voo.

O embarque é feito por categorias para evitar aglomerações e após o pouso, o passageiro deve permanecer sentado até que seja autorizado a se levantar e deixar o avião seguindo a orientação da tripulação. Os serviços de bordo estão suspensos. As companhias aéreas informam que as aeronaves passam por processos rigorosos de limpeza e desinfecção.

Sempre que possível, a dica é efetuar o chek-in online, evitando aglomerações em filas no aeroporto. No embarque e desembarque da aeronave, as companhias orientam os passageiros a respeitarem o distanciamento social. É bom lembrar que não é permitido embarcar com álcool líquido nos voos.

REAVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS DE VIAGENS

Beatriz Gorisch explica que, para segurança do empregado e do empregador, é essencial criar uma cartilha de normas de segurança e aplicá-las em suas políticas internas. “A empresa pode tanto rever sua política de viagens como criar um adendo para situações como a que estamos vivendo atualmente”, explica.

Uma pesquisa realizada pelo GBTA – Global Business Travel Association demonstrou que 56% dos gestores de viagem alterou as políticas de viagens devido à pandemia. As mudanças envolvem principalmente novas regras de aprovação pré-viagem, briefings mais detalhados, coleta de informações sobre a saúde dos funcionários e novas regras de bilhetes emitidos e não utilizados.

Neste momento, é essencial ter um sistema tecnológico de gestão de viagens onde as políticas são parametrizadas de acordo com o perfil da empresa. A ferramenta permite que todos os processos – desde a solicitação até a autorização da viagem – sejam registrados. “Assim é possível ter controle da localização dos funcionários, sendo esta uma ferramenta primordial na prática de duty of care (dever de cuidar)”, detalha.

Website: http://www.tripservice.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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