São Paulo 16/6/2021 –
A Amazônia foi o tema central das discussões que permearam a tarde de ontem, durante o “Seminário Internacional Os Desafios da Ciência em Novo Pacto Global do Alimento”, promovido no âmbito do projeto Biomas Tropicais, do Instituto Fórum do Futuro.
A discussão foi concentrada no uso sustentável dos recursos da região como forma de reduzir a miséria e a desigualdade social, sem esquecer de considerar as características dos territórios envolvidos e o status das diferentes áreas em relação ao uso da terra. Outro desafio levantado foi como converter uma economia extrativista numa economia do conhecimento com base em espaços de inovação.
O evento contou com a participação de José Oswaldo Siqueira, do Fórum do Futuro, do chefe-geral da Amazônia Oriental, Alfredo Venturieri, do pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Alfredo Homma, do biólogo da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, Kyle Dexter e do diretor da associação privada BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço.
A cobertura completa está em: https://www.forumdofuturo.org/desenvolvimento-sustentavel/a-amazonia-e-os-principais-desafios-para-o-desenvolvimento-sustentavel-da-regiao-foram-debatidos-durante-seminario/.
Preservação da floresta e redução da desigualdade social
O Brasil possui 493,5 milhões de hectares de cobertura florestal, o que representa metade da área ocupada por florestas em toda a América Latina. O dilema abordado pelos palestrantes foi: como preservar essa extensão florestal e, consequentemente, tornar menos desigual a distribuição de renda.
O painel teve a participação do ex-ministro da Fazenda e membro do Fórum do Futuro, Paulo Haddad, e do representante adjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Gustavo Chianca.
A cobertura completa do painel pode ser conferida em: https://www.forumdofuturo.org/desenvolvimento-sustentavel/tecnologia-e-o-foco-na-discussao-sobre-preservacao-florestal-e-reducao-da-desigualdade-social/
Amazônia: maior celeiro global de produtos naturais
Ainda dentro da temática Amazônia, os debates focaram no desafio de transformar a região no maior celeiro global de produtos naturais. De acordo com os dados apresentados, a Amazônia possui 1/3 da vegetação tropical do planeta, porém responde apenas por 0,17% das vendas internacionais de produtos certificados e alinhados à conservação da floresta.
Para o debate, que foi moderado pelo representante do Fórum do Futuro, Pedro Abel, participaram o gestor do departamento nacional de produtividade do Sebrae Nacional, Victor Ferreira, o pesquisador da Embrapa do Acre, Judson Valentim e a representante da Fundação Vale, Bia Marchiori.
A cobertura completa do painel pode ser conferida em: https://www.forumdofuturo.org/bioeconomia/potencial-de-producao-da-amazonia-pode-transformar-a-regiao-no-maior-celeiro-global-de-produtos-naturais/
A sistematização do conhecimento regional e global
A diversidade da Amazônia, a importância de gerar conhecimentos para aplicação nas realidades locais e a relação entre o desenvolvimento econômico e as abelhas polinizadoras, foram pontos levantados pelos palestrantes.
As discussões levantadas, com exemplos distintos, mostraram a importância de se desenvolver novos conhecimentos para o avanço sustentável da região amazônica. Para isso, a pesquisa e a ciência são necessárias para que o país colha os resultados desse investimento e possa prosperar na produtividade e na qualidade dos alimentos.
Entre os participantes do painel estavam o Presidente do CNPq e Coordenador Científico do Instituto Fórum do Futuro, Evaldo Vilela, o biólogo e pesquisador Adalberto Val e a bióloga Vera Lucia Imperatriz Fonseca.
A cobertura completa está disponível em: https://www.forumdofuturo.org/bioeconomia/painel-debate-a-importancia-da-ciencia-e-do-desenvolvimento-sustentavel-na-amazonia/
Projeto Biomas Tropicais
O Projeto Biomas Tropicais é coordenado pelo Instituto Fórum do Futuro, presidido pelo Professor Alysson Paolinelli, e conta no seu núcleo central com a parceria de instituições como o CNPq, a Embrapa, a Universidade de São Paulo (ESALQ), as Universidades Federais de Lavras e Viçosa, o Centro de Gestão de Estudos estratégicos, o Sebrae e a FGV-Agro, além de inúmeras instituições regionais em cada um dos biomas estudados. A experiência deve desenvolver alternativas para a integração da ciência, energia, natureza e alimentos, criando uma sinergia entre essas áreas e dando grande ênfase a ações sustentáveis.
A concepção do Projeto Biomas começou há oito anos e a implantação teve início em meados de 2019, no Polo Demonstrativo dos Cerrados, em Rio Verde (GO). Agora estão sendo iniciados os trabalhos na Amazônia e na Caatinga.