São Paulo, SP 14/4/2021 – A nuvem está ‘bombando’, mas é importante conhecer as virtudes de cada fornecedor antes de tomar decisões.
De acordo com Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud – empresa que atua há 25 anos na indústria de TI (Tecnologia da Informação) -, quando usada corretamente, é certo que a nuvem pode transformar um negócio. “Por isso está ‘bombando’, principalmente depois da pandemia que fez aumentar em pelo menos 30% o trabalho home office. Por outro lado, quando as empresas tomam decisões sem conhecer em detalhes componentes importantes, os resultados podem ficar aquém das expectativas. Por isso, é fundamental que a direção da empresa conheça em profundidade suas equipes, aplicativos e serviços, tendo em mente quais gargalos poderão ser solucionados com a migração para a nuvem. Caso contrário, será um desperdício de esforços e recursos”.
Relatório lançado pela Flexera (Estados Unidos) em 2021 revela que 62% das empresas investiram em nuvem um pouco mais do que planejavam por conta da Covid-19, enquanto 29% investiram consideravelmente mais. Para evitar desgastes e perdas financeiras, Filadoro aponta sete dicas principais para quem considera iniciar a migração para uma ou mais nuvens com chances aumentadas de sucesso:
1. Identifique os gargalos da empresa. “Que problema precisa ser resolvido? Conhecer os gargalos da empresa é o primeiro passo para encontrar na nuvem soluções para os principais problemas. No caso da agilidade, por exemplo, é necessário ser capaz de alavancar serviços de nível superior, como serviço de banco de dados, recursos de aprendizado de máquina etc. A infraestrutura se torna praticamente desnecessária, já que esses recursos são acessíveis por meio de APIs (Interface de Programação de Aplicações) – responsáveis pela integração de sistemas com linguagens totalmente distintas de forma segura e rápida. O recado aqui é muito claro: é preciso reconhecer os pontos fracos do negócio para criar uma estratégia de nuvem que atenda a demandas específicas”.
2. Esteja pronto para lidar com a resistência das pessoas. “Sempre que uma nova tecnologia é implantada numa empresa, há três componentes de mudança que devem ser tratados: pessoas, processos e a própria tecnologia. Antes de iniciar a jornada para a nuvem, é fundamental preparar as equipes para lidar com esse tipo de mudança. Há casos em que toda a iniciativa de migração para a nuvem fica emperrada pelo simples fato de que a cultura da empresa recusa mudanças, as pessoas não se esforçam para entender como esse salto tecnológico facilitará suas rotinas e poderá melhorar o desempenho do lugar em que trabalham”.
3. Conheça em detalhes o portfólio de aplicativos. “Assim como é fundamental conhecer a cultura da empresa e fazer ajustes quando necessário, antes de migrar para a nuvem é importante ter clara noção do desempenho dos aplicativos que fazem parte do portfólio atual da empresa. São as características deles que vão determinar a complexidade, os custos e a duração da migração para a nuvem. É preciso responder: Quais são os aplicativos essenciais para o negócio? Eles têm requisitos de alta segurança e conformidade? Existem candidatos para migrar para SaaS? Os aplicativos estão prontos para a nuvem ou exigirão um esforço de modernização? Ser capaz de fazer essa análise permitirá determinar uma ordem de prioridade e até mesmo o custo da migração”.
4. Defina quais tecnologias estão aptas a atender todas as demandas. “Não existe um provedor de nuvem que atenda de uma vez só todas as necessidades de uma empresa. Existem várias tecnologias específicas para cada demanda interna, incluindo hardware, software e recursos que precisam ser integrados para alcançar resultados comerciais positivos. O relatório da Flexera, por exemplo, aponta que 78% das empresas pesquisadas usam multicloud, ou seja, nuvem pública e privada. Existe uma abordagem específica para cada organização migrar para a nuvem. É um erro tentar fazer tudo com um único provedor. Em muitos casos, é altamente recomendável contar com vários provedores que possam ser integrados sem problemas. Isso é justamente o que torna a nuvem tão empolgante: sua capacidade de integrar recursos”.
5. Distribua responsabilidades pelos dados da empresa. “Muitos empresários temem perder o controle sobre os dados da empresa, ficando na dependência do fornecedor de nuvem. Outros, por sua vez, acreditam que a migração os desincumbe de qualquer responsabilidade. É certo que o provedor de serviços em nuvem assume determinadas responsabilidades que antes eram de propriedade interna. Mas o nível de responsabilidade é determinado pelo modelo de serviço em nuvem que o provedor está fornecendo, seja software como serviço (SaaS), plataforma como serviço (PaaS) ou ainda infraestrutura como serviço (IaaS). A maioria das empresas acaba combinando dois ou mais modelos de serviços. Por isso, é fundamental saber com clareza quem é responsável pelo gerenciamento e proteção dos dados”.
6. Determine o que cada parte deve fazer durante a jornada para a nuvem. “Quando uma empresa migra seus dados, serviços ou produtos para uma plataforma de nuvem privada, ela geralmente conta com as ferramentas de migração e os serviços profissionais oferecidos pelo provedor especialmente desenhados para ela. Já quando se trata de nuvem pública, apesar de mais comum, a migração poderá ser um pouco mais complicada, porque o cliente compartilha esses dispositivos de hardware, armazenamento e rede com outras empresas. Neste caso, o acesso aos serviços e o gerenciamento da conta são realizados por meio de um navegador da web. Os provedores de nuvem pública dão prioridade máxima à oferta de ferramentas de migração e serviços profissionais para ajudar a empresa a executar essas migrações com rapidez, baixo custo e risco mínimo”.
7. Tenha ampla noção de custos. “A migração para a nuvem é bastante motivada pelo custo. Muitas empresas decidem migrar para a nuvem a fim de reduzir custos e consolidar ou eliminar data centers. A nuvem pode resultar numa redução relevante de custos se for gerenciada corretamente. Mas sem uma estratégia de otimização de custos, o investimento pode não dar o retorno esperado. No modelo de data center, muito dinheiro é gasto para recursos ociosos ou usados em uma fração de sua capacidade. No modelo ‘pay-as-you-go’, a empresa paga pelos recursos de que precisa e somente quando precisa.
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