Conforme dados fornecidos pela Receita Federal à Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas), o setor de locação no Brasil é composto por aproximadamente 40.100 empresas, movimentando um total de R$ 28 bilhões em negócios.
Mais de 80% do setor é representado por micro e pequenas empresas, incluindo microempreendedores individuais (MEI). A dinâmica desse mercado está diretamente relacionada à saúde da economia, com o surgimento de mais empresas em períodos mais favoráveis ao consumo, destacando a interconexão entre o setor de locação e o sucesso econômico.
“Cada vez mais o consumidor se questiona no momento da compra se aquele é o produto mesmo para ele comprar”, afirma Leandro Ferreira, CEO da Mov Locadora, especializada no aluguel de equipamentos de audiovisual. “O nível de consciência vem aumentando com a popularização dos serviços de aluguel e assinatura, principalmente da indústria automotiva, que acaba refletindo em outros setores.”
Setor em ascensão
O segmento de aluguel de produtos, máquinas e equipamentos têm despertado crescente interesse entre empreendedores. Segundo uma pesquisa conduzida pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), utilizando dados do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos últimos quatro anos, observou-se um aumento no número de aberturas de micro e pequenas empresas (MPE) voltadas para serviços de locação.
Em uma análise abrangendo 15 atividades, a variação média no período de 2018 a 2021 foi de 25%, com setores como construção, transporte e saúde registrando taxas de crescimento notáveis.
Especificamente, a atividade de locação de meios de transporte, englobando ônibus, motocicletas, trailers, caminhões, reboques, semirreboques e similares, apresentou uma expansão significativa de 154%. Os dados indicam que esse setor já estava em ascensão antes da pandemia, e, mesmo diante da crise, persiste em oferecer oportunidades, com um aumento de aproximadamente 70% entre os anos de 2020 e 2021.
“Fundos de investimento que olham para economias criativas estão interessados no potencial de crescimento deste novo consumidor, o que paga apenas pelo uso e não mais pela posse. É uma tendência mundial e que começa a mostrar fortes sinais de crescimento no Brasil”, completa Ferreira.
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