Segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o mês de abril registrou uma diminuição de 19,2% no resultado da indústria de máquinas e equipamentos, ampliando a queda acumulada no ano de 2023 para 6,5%. Ainda sobre o relatório, na comparação com o mesmo mês de 2022, houve queda de 10,5% nas receitas líquidas de máquinas e equipamentos. Desta vez, o relatório apresentou dados negativos para exportação de máquinas e equipamentos. O resultado das exportações foi menor em 20,8% no mês de abril, revertendo parte do crescimento acumulado em 2023. No entanto, o setor conseguiu alcançar US$ 982 milhões em exportações, o que representa um acréscimo de 9,5% em relação ao valor exportado em abril de 2022. No relatório apresentado sobre fevereiro de 2023, a Abimaq informou que os números e desempenho das exportações superiores a US$ 1 bilhão eram cada vez mais comuns, uma vez que em 2022 ocorreram oito meses com resultados similares nas vendas para o mercado externo.
Segundo os dados de projeção para 2023, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a projeção para a indústria da construção civil foi de um aumento de 2,5% em 2023. Essa estimativa leva em consideração um desenvolvimento consistente do mercado nos últimos dois anos e também avalia o ciclo de negócios em andamento no setor imobiliário, que apresenta uma demanda habitacional sólida, conforme informado no documento.
Ainda sobre projeções para 2023, a análise do setor da indústria de máquinas e equipamentos para a construção civil indicava um período de recuperação e crescimento, com potencial para um aumento nas vendas ao longo de 2023. Sobre essa abordagem o 17º Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), projetou que as vendas em 2023 terão um acréscimo aproximado de 4%, tanto para o ramo de máquinas da linha amarela quanto para o setor geral de equipamentos voltados à construção. Além disso, no que diz respeito aos custos de mão de obra e matéria-prima, os dados publicados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) indicaram que encerraram o ano de 2022 com um aumento de 9,40%, valor inferior aos 13,84% registrados no ano anterior.
José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirma que o setor de máquinas e equipamentos continua trabalhando em cima das projeções positivas para o ano de 2023 e que o trabalho para o segundo semestre será intenso para recuperar as perdas do início do ano comparado a períodos anteriores. José Antônio continuou dizendo que apesar da queda nas vendas o setor de locação conseguiu números positivos na locação de grandes máquinas como também no aluguel de ferramentas elétricas. “Apesar da queda nos resultados no mercado doméstico e nas exportações de máquinas e equipamentos, o dever de casa é realizar as operações planejadas para o ano com o máximo de qualidade e eficiência”.
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