De acordo com a Anatel, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) aprovou a liberação do sinal 5G, inicialmente na cidade de Brasília, a partir do dia 6 de julho. A instituição ainda confirma que as próximas capitais a receberem a nova tecnologia são São Paulo, Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre, ainda sem data confirmada.
Segundo a agência, o serviço deve estar disponível em 80% da capital, principalmente no Plano Piloto. Em janeiro deste ano a Anatel divulgou uma lista atualizada de aparelhos celulares homologados pela reguladora e que são compatíveis com o sinal 5G.
A tecnologia foi amplamente abordada no Painel Telebrasil 2022, o maior evento de telecomunicações, conectividade e inovação do país. O assunto “Brasil depois do 5G” foi tema principal de palestras e apontou que os principais desafios para implantação estão na infraestrutura, nos investimentos, na regularização e no comportamento da população para receber toda essa tecnologia.
Durante o evento foi informado por José Félix, presidente da Claro, que, inicialmente, o lançamento do 5G virá como apenas uma atualização e evolução à geração anterior, assim como foi com o 4G e 3G, e posteriormente, as aplicações irão surgir.
Para o CEO da Azul Operadora Brasil (operadora de celular digital), Tiago José Caumo, a entrada do país no mercado do 5G promete uma mudança nos serviços de telecomunicações, na organização das redes e também no cenário econômico. “O 5G será habilitador. Trazendo novos desafios na infraestrutura, investimentos, regularização e no comportamento da população para receber essa tecnologia. Essa reorganização e evolução se torna mais um modelo para competitividade no mercado, além de poder oferecer maior atenção em inovação e qualidade do serviço”, comenta.
Novas tecnologias no setor de telecomunicações
Pesquisas do TIC 2020 mostram que o uso de tecnologias digitais no Brasil aumentou 12% em 2019, comparado ao ano anterior. Seguindo o mercado em ascensão, além dos bancos digitais, outros segmentos de empresas surgem com a proposta 100% digital.
Em 2019, de acordo com a análise da Teleco, o número de empresas licenciadas para operar como operadoras de Telefonia Móvel por Rede Virtual (também conhecidas pelo termo em inglês Mobile Virtual Network Operator – MVNO) ou como agregadoras de MVNOs no Brasil, aumentou de 24 em 2019 para 90 em 2020.
No final de 2021, segundo o Relatório de acompanhamento do setor de telecomunicações, havia 122 MVNOs operando sob a licença credenciada e 10 sob a licença autorizada no final de 2021.
Segundo Tiago, esse tipo de serviço é uma porta de entrada para atingir as novas exigências do mercado, principalmente quando falamos em consumidores que prezam pela praticidade. “A autonomia que o consumidor tem para escolher os produtos e serviços que interessam faz com que aumente a exigência da praticidade e de um atendimento com excelência.”
Diferença entre operadoras tradicionais e MVNOS
As operadoras de Telefonia Móvel por Rede Virtual possuem funcionamento idêntico ao das operadoras tradicionais, porém não têm rede ou frequência própria. Para que esse serviço seja disponibilizado, é necessário uma parceria entre a operadora virtual e a tradicional, a fim de utilizar a infraestrutura para disponibilizar os serviços.
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