Cerca de 100 taxistas fizeram uma manifestação na manhã de segunda-feira, 27, em São Paulo, pedindo mudanças nas regras do Uber e de aplicativos como 99Taxi e Easy Taxi. Os manifestantes, que se organizaram por meio de redes sociais, concentraram-se na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, na zona oeste.
Uma comissão de taxistas manteve reunião com representantes d Departamento de Transportes Públicos (DTP) e recebeu promessas de que algumas melhorias serão implementadas. Por isso, a carreata até a prefeitura foi cancelada. A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria Municipal de Transportes, que não confirmou quais seriam as melhorias.
Segundo os taxistas, serão criados novos pontos fixos de parada de táxi pela cidade, serão liberadas propagandas nos vidros traseiros dos táxis e as empresas de aplicativos como 99Taxi e Easy Taxi serão proibidas de exigir o uso de taxímetros virtual.
Outra medida para aumentar a segurança será a instalação de luminosos no teto dos veículos para serem acionados quando o taxista estiver em situação de perigo, como assalto e sequestro.
Ficou acertada uma reunião com a Secretaria Municipal de Transportes para o 28 de abril, em que serão definidas as questões relacionadas ao Uber. Os taxistas reclamam de concorrência desleal e pedem diminuição do número de carros do aplicativo em São Paulo e proibição de carros locados de outros municípios. Além disso, reivindicam curso de motoristas e vistorias obrigatórias ao Uber.
O taxista José Sebastião da Silva argumenta que o grande número de carros do Uber circulando pela capital prejudica a categoria. Silva disse que existem cerca de 35 mil táxis e 88 mil carros de aplicativos e que não dá para competir com o valor e o número de carros. “A gente não quer banir o aplicativo, sabe que isso não vai acontecer, mas quer a regulamentação deles para conseguir se manter trabalhando”. De acordo com Silva, os taxistas que ganhavam R$ 400 por dia, agora ganham, em média, R$ 150.
Por nota, a Easy Táxi informou que defende o direito de manifestação dos motoristas e acrescentou acreditar “que o taxímetro virtual seja uma metodologia correta para definir a precificação de uma corrida”. “O taxímetro físico é uma ferramenta que considera elementos de precificação desatualizados e, por isso, deveria passar por uma revisão de metodologia. Suas métricas foram definidas no passado de acordo com distância e tempo percorridos em uma corrida, quando as condições de transporte urbano nas principais cidades não eram iguais às de hoje”.
O Uber comunicou que “acredita que todo cidadão tem o direito de trabalhar honestamente, assim como o direito de escolher como quer se movimentar pela cidade”. A 99Taxi ainda não se pronunciou.
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