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Tecnologia e ações humanizadas são estratégias em tempos de trabalho remoto

Curitiba, PR 24/4/2020 –

Acelerar tendências como a intensificação do uso do home office pelas empresas brasileiras é um dos desdobramentos do novo coronavírus que, em menos de um mês, já rendeu aprendizados valiosos ao universo corporativo. O principal deles é que o engajamento e a motivação dos times podem, inclusive, aumentar no trabalho remoto, a partir de ações criativas que valorizam uma comunicação clara com o colaborador e, principalmente, consigam demonstrar cuidado e respeito à saúde e ao bem-estar de cada profissional da equipe.

Com 60 colaboradores, a Phonetrack – plataforma de call tracking que mensura ligações recebidas, auxiliando nas áreas de venda, gestão, atendimento e marketing da empresa -, resolveu mandar seus funcionários para casa na tarde do dia 16 de março, praticamente uma semana antes da maioria das empresas aderirem ao isolamento social para conter a transmissão do coronavírus. O CEO da startup, Márcio Pacheco, admite que a decisão foi tomada em uma reunião entre as lideranças de cada setor pela manhã, a fim de priorizar a saúde dos colaboradores. “Até então, não havia uma prática de trabalho remoto, era um projeto que seria implantado ao longo de 2020”, explica.

A principal solução encontrada pela empresa para construir à distância um ambiente de trabalho com entrosamento foi priorizar a clareza e a transparência com os colaboradores desde o primeiro momento. “A comunicação é o ponto fundamental para que o trabalho dê certo. Como o cenário vem mudando muito, diariamente, os líderes vão ajustando as prioridades com os times”, explica Pacheco. Somado a isso, a Phonetrack colocou o setor de RH voltado para monitorar a saúde dos colaboradores, não só olhando para o novo coronavírus, mas para a saúde mental. “Nosso RH está em contato diariamente com o time, para detectar se alguém está com algum sintoma ou precisa de algum acompanhamento psicológico”, afirma Pacheco. Logo na primeira semana de home office, o papel do RH foi de grande valia. A produtividade não foi a mesma e ficou claro que era um período de adaptação. “Orientamos para que as equipes não se cobrassem tanto. Agora, já é nítida a diferença. A equipe está fluindo melhor tanto na comunicação como no alinhamento”, constata.

No caso da Tecnobank – empresa que desenvolve tecnologias para os segmentos financeiro e de veículos -, o advento integral do home office serviu para aprofundar um trabalho iniciado em 2019, que visava levar os mais de 100 colaboradores a trabalhar remotamente, em um programa de rodízio. Por conta da complexidade do negócio, a Tecnobank já tinha implementado uma série de políticas de segurança e compliance para que o acesso remoto dos colaboradores preservasse a integridade das informações dos clientes e da empresa. “Foi criado um espaço on-line, no qual cada colaborador tem um link de acesso a um mesmo escritório e cada equipe tem a sua própria sala. Diariamente, cada equipe se conecta pela manhã, todos conseguem se ver na mesma tela e, se precisar fazer reunião com outras áreas, agendamos visitas nas salas de outras áreas ou recebemos visitas na nossa sala. Tornamos o nosso dia a dia de trabalho muito próximo daquele que temos no escritório, com uma troca em tempo real”, descreve o vice-presidente de Negócios da empresa, Luís Otávio Matias.

“Como sempre utilizamos ferramentas de comunicação e de organização de tarefas, já havia uma cultura de acompanhamento sempre muito tecnológica. Por isso, colocar todos em home office foi razoavelmente tranquilo e tem funcionado com absoluta perfeição. Não tivemos nem 1% de queda na operação”, celebra. Assim como a Phonetrack, a Tecnobank aderiu ao isolamento no dia 16 de março, antes das determinações oficiais. “Identificamos junto a muitos estudos o que o mundo vinha fazendo, e já iniciamos. Quando o Brasil entrou em isolamento social, em 23 de março, nós já estávamos bem adaptados”, conta. Além de baterem as metas previstas para o mês, a empresa realizou contratações com 100% do processo de integração feito virtualmente. “Criamos processos para o período, como reuniões diárias com todas as lideranças para atualização da situação, incluindo um grupo de saúde, que se reúne com o comitê gestor todo início de tarde”, comenta.

Foco nas pessoas

Outras medidas adotadas pela Tecnobank em prol da estabilidade dos colaboradores foi no aspecto financeiro “Mesmo diante das incertezas que o cenário econômico traz, o pagamento integral da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) foi mantido. Também permitimos que os colaboradores fizessem a distribuição do crédito dos benefícios de vale-refeição e vale-alimentação de acordo com as necessidades de cada um, uma vez que, estando mais em casa, se compra mais nos supermercados que nos restaurantes”, aponta Matias. Na parte da saúde, a Tecnobank subsidiou as vacinas contra a gripe para todos os colaboradores e seus dependentes legais, uma vez que sintomas de gripe e de COVID-19 são muito parecidos. “Ao prevenir contra a gripe, prevenimos sintomas que eventualmente podem encher os hospitais por qualquer espirro ou tosse”, analisa.

O que vem pela frente

Quanto ao futuro do trabalho remoto nas empresas, para Tecnobank é um caminho natural. “O mercado todo foi forçado a evoluir alguns anos em dez dias. Apesar do cenário ser incerto globalmente, por conta de uma pandemia, ela trouxe esse ponto positivo de uma adaptação para que, quando a vida voltar ao normal, o home office faça parte da rotina das empresas”, acredita Cristiano Caporici, head de Comunicação e Marketing da empresa. “Existia um mindset de que o trabalho em casa tende a não ser tão produtivo por uma visão ainda da Era Industrial, em que a presença física era indispensável. Mas, mesmo quem supostamente não teria o perfil para trabalhar de home office, pode ser treinado, pode se adaptar e se acostumar com o cenário, como aconteceu forçadamente agora”, esclarece.

Website: https://tecnobank.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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