Em maio deste ano, a energia solar fotovoltaica alcançou a segunda posição entre as fontes de energia mais utilizadas do mundo, atrás apenas da hidrelétrica. É o que demonstram os dados do relatório “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, produzido pela SolarPower Europe, associação europeia do setor solar.
Segundo o levantamento, a capacidade instalada chegou a um terawatt, número que deve dobrar até 2026. No Brasil, a energia solar já é a terceira maior fonte na matriz elétrica nacional, atrás da hídrica e da eólica, de acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica).
Além disso, a energia fotovoltaica deve alcançar a liderança entre todas as matrizes energéticas do país até 2050, conforme uma pesquisa realizada pela Bloomberg New Energy Finance. A expectativa é que 32% de toda a energia consumida no Brasil seja de origem solar nos próximos 28 anos, ao passo que 30% será de origem hídrica.
Neste contexto, a Sunova Solar – empresa fabricante de módulos fotovoltaicos para projetos residenciais, comerciais e usinas de grande porte – iniciou a produção em massa dos módulos fotovoltaicos com a tecnologia N-type. De acordo com Anna Clara Rosa, gerente de vendas Sunova Brasil, a célula N-Type é uma das maiores aliadas para alcançar mais potência sem ampliar a superfície do módulo.
Rosa explica que as células N-type são a evolução das células fotovoltaicas e têm ganhado cada vez mais força no mercado internacional e brasileiro. “Com uma tecnologia que apresenta uma eficiência maior, utilizando cada vez menos espaço, as células N-type são bem-vistas nos mercados brasileiro e internacional”.
De acordo com a especialista, há uma série de diferenças entre as células solares fotovoltaicas N-type em relação às chamadas células P. São elas:
Eficiência
“Com a mesma superfície, as células N-type entregam mais energia ao longo do tempo”, afirma Rosa.
Sem LID e Menor PID
Como o fósforo é utilizado para o doping das células N-type, não há degradação por LID (Light Induce Degradation), diz ela. “Isso normalmente ocorre com as células P, que utilizam o boro nesse processo – que acarreta uma perda de desempenho de até 3%”, pontua.
Além do mais, prossegue, a potencial Indução da Degradação das células N-type é bem menor por não ter boro em sua composição, eliminando o risco das reações com o oxigênio.
Controle de temperatura
“Por terem um coeficiente de temperatura melhor do que as células do tipo P, quando há um aumento na temperatura das células, elas não sofrem com queda de tensão”, explica Rosa. “Isso significa que as N-types entregam mais energia em condições difíceis para o Silício, que são as temperaturas altas e alta irradiação solar”, complementa.
Coeficiente de bifacialidade
A especialista também conta que as células N-type têm um coeficiente de bifacialidade maior do que a célula tipo P, gerando mais energia na face traseira do módulo.
Tecnologia deve prosperar a curto e médio prazo
A gerente de vendas da Sunova Brasil destaca que, a nível nacional e internacional, o mercado solar investe incessantemente para que os módulos apresentem uma maior eficiência. Em contrapartida, os tamanhos máximos viáveis de módulos fotovoltaicos já foram atingidos.
“Neste panorama, as células N-type vêm como aliadas no processo de alcançar uma maior potência sem a necessidade de ampliação da superfície dos módulos. Por isso, o desenvolvimento dessa tecnologia será cada vez mais importante para todo o mercado de energia solar”, conclui Rosa.
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